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Quadrilha roubava combustível e revendia na BR-316 em Valença

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Após longa investigação, a polícia deflagrou em Valença, 210 quilômetros distante de Teresina, uma operação para acabar com uma quadrilha que roubava combustíveis no sul do Estado. A fraude lesou por pelo menos quatro anos a rede de postos BR, da Petrobrás, e os consumidores que adquiriam gasolina batizada, ainda que sem o conhecimento do posto. Quatro pessoas foram presas, e um menor  apreendido. Na ação, mais de 10 mil litros de combustíveis roubados foram recuperados.

O delegado regional de Valença, Clayton Doce Alves Filho, passou a tarde e a noite da última sexta-feira (12) tomando depoimentos dos envolvidos, dois deles acusados de roubar os combustíveis (incluindo o menor) e outros três de receptação do produto roubado e revendê-lo. Um dos acusados ainda está foragido, e o delegado afirmou ao Cidadeverde.com que investiga a possibilidade de envolvimento de funcionários da Petrobrás no esquema fraudulento.

O monitoramento da polícia descobriu que os ladrões aplicavam o desfalque nos caminhões tanque que abasteciam os municípios da região de Picos, Valença e Elesbão Veloso. No lugar da gasolina e do óleo diesel, para que a ausência do combustível não fosse notada, eles preenchiam o espaço vazio com água. Essa gasolina batizada era depois revendida ao consumidor, mesmo sem o dono do posto saber. A gasolina verdadeira podia ser encontrada em pontos isolados na BR-316.

A primeira prisão aconteceu na noite de quinta-feira, quando um dos acusados, que abasteceria um posto em Picos, completava com água o caminhão tanque de 120 mil litros que foi violado.  O veículo foi apreendido, assim como tanques de 200 litros e galões de 20 litros em Valença e Elesbão Veloso, nos depósitos clandestinos de venda na beira da estrada. Em apenas um desses postos, foram encontrados cerca de 7 mil litros de gasolina.

Dos investigados, é justamente o principal receptador do combustível roubado que está foragido. Ele é procurado tanto no interior como em Teresina, mas não teve seu nome divulgado. O delegado Clayton Alves promete divulgar todos os nomes em breve. Nos depoimentos, um dos envolvidos confessou que comete o crime de duas a três vezes por semana, há pelo menos quatro anos.

Fábio Lima
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