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'João Henrique está totalmente equivocado e desinformado', reage Regina

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A senadora Regina Sousa (PT) rebateu as críticas do ex-ministro João Henrique (PMDB) ao governo do Estado e ao governador Wellington Dias (PT). Ao Cidadeverde.com, nesta quarta-feira (18), ela afirmou que o ex-ministro está “totalmente equivocado” ao ter dito que o Piauí parou no tempo e que é até legitimo que busque uma candidatura própria para o partido, mas que deve fazer isso sem tentar denegrir a imagem do PT, já que suas declarações não são verdadeiras.

Sobre a possibilidade de continuar como presidente do PT no Estado, ela descartou totalmente. As eleições à presidência acontecerão em março.

“Está equivocado completamente. É só olhar o Estado que mais cresceu nesses últimos 13 anos no Nordeste, foi o Piauí. Então ele não parou no tempo não. Está desinformado, precisa se informar em registro de crescimento no país”. 

No último final de semana, João Henrique, que é vice-presidente do PMDB no Estado, iniciou uma caravana pelo interior, que começou por Piripiri, onde declarou também, dentre outras críticas, que o Wellington Dias não cumpriu suas promessas de campanha. O trabalho de João Henrique tem vistas a consolidação de uma candidatura própria para a sigla no Estado, em que seu nome está sendo ventilado como candidato.

“Acho que quem tem que dizer isso é o governador, se cumpriu ou não cumpriu as promessas, agora o João Henrique sempre foi assim. É até legítima essa história de o PMDB sair com candidatura própria, só que eu duvido muito porque até hoje eu não vi PMDB com candidato próprio para valer nem no Estado e nem no país. No país ele chegou à presidência por um via torta. Mas que ele discuta dentro do partido dele, não precisa ficar denegrindo para conseguir a candidatura”, acrescentou a senadora.  

Ela reafirmou que a decisão sobre o apoio de outro segmento do PMDB ao governo do Estado, para que faça parte da base, cabe ao governador. E só faz uma ressalva para que Wellington tenha cuidado e cautela ao fechar algum acordo.

“Não é questão de concordar ou discordar, o governador tem autonomia para construir suas alianças visando o melhor para a gestão dele. A gestão não é do PT, o PT faz parte da gestão. Então a gente espera que o PT não seja prejudicado e que também quem vem, que venha para construir nos momentos bons e nos difíceis também. Minha preocupação é que em um momento difícil as pessoas possam se debandar, sem pensar no que vai acontecer no governo, mas que venham para construir em qualquer que seja a situação”, contestou Regina Sousa.

A petista rejeita totalmente a ideia de continuar a frente da presidência do PT. “Não tem a menor chance de eu ficar. Quando eu assumi a candidatura de consenso eu disse que não estaria mais a disposição. Agora eu quero construir a história do PT por outros caminhos, o do movimento, da igreja. Não quero mais ficar na linha de frente da direção partidária, mas tudo que eu fizer é pensando no PT”.

Ela informou que até agora existem três candidatos para disputar a vaga, mas que em se tratando de PT, tudo pode mudar. São eles o deputado federal Assis Carvalho, o vice-presidente da legenda, Pedro Calixto e o ex-prefeito de União, José Barros. “Tinha quatro, o Marcelo Mascarenhas retirou a candidatura, parece. Mas o PT é assim, não é surpresa para ninguém, surpresa é quando não tem disputa. Como a eleição esse ano é indireta, é no Congresso (estadual ou municipal), pode surgir mais gente. Até na hora, no Congresso, se alguém lançar candidatura pode ter”.

O PT já está com o calendário de atividades formais definido em todo o país. As eleições municipais do partido acontecerão no dia 12 de março. De 25 a 27, vão acontecer os congressos estaduais, para escolherem a direção estadual e o presidente, já que as duas votações acontecem em separado, conforme informou Regina. Então, de 7 a 9 de abril será a escolha da direção e presidência nacionais. 

“É hora também de rever os documentos, os princípios, as propostas do partido, é hora de o Congresso fazer atualizações. Geralmente de quatro em quatro anos, que é quando o PT faz seu Congresso, é o memento para rever documentos, para ver o que está e o que não está atual”. 

 

Lyza Freitas
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