Cidadeverde.com

Vídeo: preso confessa participação na morte do comandante do 1º BPM e conta detalhes

Imprimir
  • iranilson1-iii.jpg Iranilson Pereira dos Santos, suspeito.
  • moto1.jpg Moto usada no crime e apreendida pela polícia.
    Maria Romero/Cidadeverde.com
  • moto2.jpg Moto usada no crime e apreendida pela polícia.
    Maria Romero/Cidadeverde.com
  • moto3.jpg
  • moto4.jpg Local onde o crime ocorreu, na rua Chico Ricardo, São Sebastião.
    Maria Romero/Cidadeverde.com
  • mayron.jpg Major Mayron Moura Soares.
  • iranilson.jpg Iranilson Pereira dos Santos, suspeito, no momento da prisão.
  • irailson.jpg
  • bope.jpg
  • 0abb59a90e041634a97f7054142a970c.jpg Major Mayron Moura Soares.

A única pessoa presa – suspeita de participação na morte do comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar do Piauí, major Mayron Moura Soares – confessou o crime e contou detalhes da ação criminosa em vídeo. Iranilson Pereira dos Santos, 29 anos, que usa tornozeleira eletrônica, afirmou que ele e o comparsa queriam roubar o celular do PM, mas que só soube através da rede social que a vítima era policial militar. O preso falou com a imprensa na Delegacia de Homicídios na manhã desta quarta-feira (22).

major Mayron Moura Soares, 44 anos, morreu após levar um tiro durante o assalto no bairro Todos os Santos, na zona Sudeste de Teresina. Ele estava com o filho e chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). 

Segundo o suspeito, a intenção era apenas realizar um assalto. Eles teriam avistado o major falando ao celular, momentos antes da abordagem. Sobre o motivo do tiro, Iranilson disse que não foi o autor dos disparos. 

"Eu não vi o que aconteceu porque só parei mais adiante. A gente só queria o celular. Quando ele [Wallison Jonatas Rodrigues, conhecido como Candomblé] pulou na moto já foi dizendo que tinha atirado. Só soube que era um PM pelas redes sociais", disse. 

O suspeito contou ainda que estava sendo monitorado havia nove meses por tornozeleira eletrônica após uma tentativa de furto em uma empresa de telemarketing e que - atualmente - trabalhava como metalúrgico. "Ele me chamou para dar uma volta... Sabia que era um assalto", relatou.

Questionado se havia alguma mensagem para familiares do Major, ele se limitou a dizer: "Não tenho palavras". 

Polícia confirma versão

O coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Baretta, confirmou a versão do preso. Segundo ele, o depoimento de Iranilson e do filho do Major - que presenciou a abordagem dos suspeitos - coincidem. 

O delegado disse que, segundo depoimentos, a vítima e seu filho estavam próximos ao ponto final dos ônibus do bairro São Sebastião, região do Deus Quer, zona Sudeste de Teresina. Os dois aguardavam a filha do Major que voltava da faculdade. 

"O filho nos contou que os dois estavam dentro do carro e resolveram sair por conta do calor. Eles ficaram encostados no veículo, mexendo no celular. O filho estava ouvindo música, enquanto o major conferia mensagens", disse Baretta. Neste momento, dois homens em uma moto abordaram o policial.

Em depoimento, Iranilson disse que passou pelo veículo e Candomblé saltou da moto. Em seguida, ele ouviu o policial militar ser baleado. Ele foi atingido no peito esquerdo. Exames realizados no Instituto Médico Legal (IML) apontaram que o tiro transfixou o coração. 

"O Iranilson relatou que o Candomblé já subiu na moto dizendo: 'deu errado; ele é polícia', e os dois fugiram", disse o delegado.

O coordenador da DH destacou que o militar sequer conseguiu efetuar um disparo. O filho da vítima declarou que, após ser baleado, o pai já caiu com o rosto no chão. Ele chegou a tentar socorrer e colocou o pai sobre suas pernas. Uma viatura fez o transporte, mas o policial não resistiu. 

 

Matéria original 7h50

Um dos suspeitos de participação na morte do major Mayron Moura Soares, 44 anos, comandante do 1º BPM, foi preso na madrugada desta quarta-feira (22). Iranilson Pereira dos Santos, 29 anos, foi localizado na própria residência, situada na região do Grande Dirceu, mesma área onde ocorreu o crime. 

Na casa foi apreendida a motocicleta (placa LWE 2844/ Parnaíba) usada pelo suspeito e o comparsa- identificado como Alisson Candomblé- que ainda não foi localizado. O major foi alvejado enquanto esperava a filha na parada de ônibus. Ele foi atingido com um tiro no peito esquerdo e foi levado com vida para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu. Da vítima foi roubado apenas o telefone funcional. 

Após atirarem contra o comandante, os suspeitos empreenderam fuga e teriam roubado também pertences pessoais de um rapaz que andava de bicicleta.

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Carlos Augusto, lamentou a perda do companheiro de farda e disse que a PM tem se empenhado em manter a segurança, mas a sensação é de 'enxugar gelo'. Iranilson Pereira foi preso, recentemente, e era monitorado por tornozeleira eletrônica.

"Quero externar a profunda dor que sentimos sempre que perdemos um companheiro, um grande amigo companheiro e profissional... nenhum de nós está imune. O suspeito preso usava tornozeleira eletrônica e mesmo assim continuava a cometer crimes com a certeza da impunidade. Não é possível elevar a estima da tropa que está prendendo a mesma pessoa reiteradamente", lamentou o coronel. 

Alisson Candomblé continua sendo procurado e de acordo com o comandante deve ser preso nas próximas horas.

Esta é a segunda morte de PM em Teresina, neste mês. No dia 07 de março, o cabo Valdir Mendonça foi assassinado durante assalto na zona Leste da Capital. 

 

Graciane Sousa e Maria Romero
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais