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Bactérias resistentes a antibióticos são encontradas nos rios de Teresina

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Amostras retiradas de dentro dos rios Poti e Parnaíba revelam contaminação por bactérias resistentes a antibióticos. A pesquisa foi realizada pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e conclui que a água que está sendo devolvida aos rios não passa por um tratamento adequado. 

As bactérias encontradas são do gênero Enterococcus, bastante comuns no trato intestinal e nas fezes dos humanos, que podem causar infecções agravadas exatamente pela característica que mais as diferencia de outras bactérias: a resistência a antibióticos. 

"Encontrar esses micro-organismos não é uma surpresa. Mas eles não deveriam ser tão resistentes porque estão na natureza. Deveriam ser mais sensíveis. A gente espera encontrar esse tipo de resistência nos hospitais, por causa da pressão dos antibióticos", alerta a professora Francisca Lúcia Lima, doutora em Microbiologia, que orientou a pesquisa. 

Essa é uma das reportagens abordadas na Revista Cidade Verde, edição 161, que já está nas bancas. A matéria traz explicações do infectologista Pedro Leopoldino sobre os riscos reais desse tipo de bactéria e quais os motivos que levaram esses micro-organismos a habitarem as águas dos rios. 

O superintendente da Agespisa, Simon Bolívar, acredita que a contaminação seja resultado direto das 17 galerias de águas pluviais (boca de lobo) que, teoricamente, deveriam levar água das chuvas para os rios, mas que por causa das ligações clandestinas, acabam levando também esgoto in natura

Jordana Cury
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