O deputado federal Átila Lira (PSB) afirmou que o projeto da reforma previdência do governo federal não passará da forma que está previsto. Ele garante que não votará a favor da matéria caso não sejam feitas alterações de forma integral. O parlamentar admitiu o desejo de ser candidato ao Senado nas próximas eleições.
Em entrevista ao Programa Notícia da Manhã desta segunda-feira (17), ele também defendeu a formação de uma oposição forte para disputar o governo do Estado em 2018 e a aprovação da lista fechada na reforma eleitoral.
“A previdência vai ser alterada integralmente e só vai ser aprovada se alterar a questão da idade mínima, da previdência rural e eu também só vou votar se for assim, se mantiver a questão dos professores, dos militares e criar um regime de transição que possa contemplar quem está entrando no novo regime”, garantiu Átila Lira.
Reforma trabahista
Átila Lira considera que o poder e a intervenção do Estado na economia têm que diminuir, pois o Estado o fato de o Estado possuir muita força pode incitar a prática da corrupção.
“A reforma trabalhista é mais pacífica, porque todos sabem que a legislação nossa precisava se atualizar. Mas ela é, tipicamente, a maior intervenção do estado na sociedade. Essa própria Lava Jato é um produto de excesso de intervenção do estado na economia. E Estado que é construtor, que faz barragens, que tem uma empresa como a Petrobras, está sujeito permanentemente a ter essa junção de corrupção, envolvendo os servidores, o poder no sentido amplo, que eu digo”, disse o deputado.
Eleições 2018
A criação de um bloco de oposição deve existir no Piauí, de acordo com o deputado, que defendeu o mesmo posicionamento do ex-governador Wilson Martins (PSB) com relação a formação de uma base oposicionista forte.
“Somos do mesmo partido, eu concordo com o Wilson, nós não podemos ter uma hegemonia no Piauí, nunca aconteceu isso, de ter uma única candidatura de governador do estado, sobretudo em um momento que o Brasil está para explodir. Não tem mais nada redondo, nada certo nessa questão e aliás eu me admiro da democracia estar suportando tanta confusão”, declarou.
Ainda segundo o parlamentar, a imprensa é contra a lista fechada por considerar que ela faz com que os políticos se perpetuem no poder. “Termina que a imprensa acha que a lista fechada é um instrumento de perpetuação do poder, e não é. Os países mais democráticos do mundo estão trabalhando com lista fechada. O voto individual é um voto que não existe mais”, explicou o deputado
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Lyza Freitas
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