Cidadeverde.com

Policiais presos em operação têm envolvimento em outras fraudes, diz delegado

Imprimir
  • de7d59a9-80d0-43bf-bb84-ee2738c1df68.jpg Polícia Civil do Piauí
  • b79dd363-66de-430b-8b20-c0b051eb07a5.jpg Polícia Civil do Piauí
  • 163d6a58-4fbc-44c1-8126-103beb56434d.jpg Polícia Civil do Piauí
  • 80dd3287-7515-490e-a70e-aade91e3ea41.jpg Polícia Civil do Piauí
  • 49b97b05-d532-4b07-92e8-5b2b974713bb.jpg Polícia Civil do Piauí
  • 41a7a7f3-36ec-4e11-883d-c7b500788edd.jpg Polícia Civil do Piauí
  • 2f4c8209-324d-4db6-bb29-c3ca0e984416.jpg Polícia Civil do Piauí
  • f7b20b8b-f22c-44a2-9a2a-6f267cd97ac2.jpg Polícia Civil do Piauí
  • d936340a-857e-442c-9128-5a753673c369.jpg Polícia Civil do Piauí
  • d1f1b0b9-d69c-4a46-ad98-88fbe4653e02.jpg Polícia Civil do Piauí
  • ca46cbf8-f9dc-4d6f-bfd4-1db3cbe97d55.jpg Polícia Civil do Piauí
  • aa8ff7f1-d352-40ca-a21b-247ea5e54b35.jpg Polícia Civil do Piauí
  • 8135b25c-68db-4967-9314-6d8774a4891f.jpg Polícia Civil do Piauí
  • 894df357-7eed-401a-b2e1-26c73a99771f.jpg Polícia Civil do Piauí
  • 042bda67-4f6a-4f4e-af5e-ef4d1389d73d.jpg Polícia Civil do Piauí
  • 114bd028-4e1c-418e-aa98-e7f350ab9f6b.jpg Polícia Civil do Piauí

O avanço das investigações na operação 'Infiltrados' aponta que parte dos suspeitos teria fraudado também outros concursos públicos no Piauí, a exemplo do Hospital Universitário e vestibulares para o curso de Medicina. As informações são do delegado do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), Kleydson Ferreira que, no ano passado, comandou ações policiais para combater fraudes nos certames do Corpo de Bombeiros, Tribunal de Justiça do Piauí e da Secretaria Estadual de Justiça. 

Ontem (09) foi deflagrada a operação Infiltrados que resultou em 21 prisões. A maioria dos presos são agentes que pagaram para conseguir aprovação e, de acordo com o delegado, após assumirem o cargo público passaram a integrar a organização criminosa e atuavam como 'cobradores'.

"Temos conversas que mostram que eles se utilizavam da função pública de policiais civis para efetuar cobranças de pessoas que foram beneficiadas em outros concursos e estavam demorando a pagar o grupo fraudador, ou seja, eles obtiveram a aprovação no  concurso da polícia e passaram a integrar a organização criminosa fazendo a indicação de outros clientes, bem como realizando cobranças de pessoas que foram beneficiadas em outras fraudes praticadas pelo grupo", explica Kleydson Ferreira. 

O delegado conta que, em cada concurso, os suspeitos agiam de forma diferenciada. No concurso de agente da Polícia Civil, por exemplo, dois grupos distintos fraudaram o concurso de agente da Polícia Civil do Piauí de 2012. O líderes foram apontados como o professor Cristian Alcântara Santiago e o estudante de Medicina Sávio de Castro Leite. "Após esse concurso, o Cristian e o Sávio se uniram e passaram a fraudar outros concursos como o do TJ-PI, Corpo de Bombeiros, HU e vestibulares", disse Ferreira. 

Corregedor

O delegado corregedor da Polícia Civil Adolpho Cardoso afirmou que um dos presos na operação, em depoimento, não soube informar em qual universidade ele se formou. "Espantosamente um dos policiais não sabia nem o nome do lugar onde ele se formou. Insistimos e ele não soube. Como é possível? A investigação ainda caminha, mas já está bem provada a atuação dessa organização criminosa cobrando as pessoas", declarou o corregedor.

O delegado acrescenta que não há constrangimento para a Polícia e sim orgulho dos policiais que atuaram para coibir a fraude.

Atuação do grupo variava de acordo com o concurso

O delegado do Greco diz que o 'modus operandi' da organização criminosa variava de acordo com cada concurso a ser fraudado. 

"Eles variavam a forma de atuação de acordo com o concurso. Para cada certame eram reunidos 'experts' em determinadas disciplinas. Eles respondiam as provas e ao final se reuniam com o líder do grupo que montava o gabarito e distribuída para os candidatos. Em outros casos, apenas um 'expert' respondia toda a prova e repassava ao grupo", explica.

No concurso da Polícia Civil, por exemplo, as investigações apontaram que Cristian Alcântara foi responsável por responder as questões de português. Já os suspeitos Sávio de Castro e José Vilomar Nunes Pereira (questões de Direito) e Joselito Batista Alves (questões de informática).

A transmissão de dados ocorria geralmente através de aparelhos celulares. "O grupo se utilizava de formas de inibir a detectação de celulares pelos aparelhos fiscalizatórios. Alguns celulares conhecidos como 'lanterninhas' têm mais componentes plásticos e não são detectáveis por detector de metal", explica. 

Dos 23 investigados, três têm mandados de prisão preventiva e o restante temporária. Dependendo da participação no crime, eles devem responder por fraude em concurso e organização criminosa. 

Graciane Sousa
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais