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André Baía diz que reformas são necessárias para economia voltar a crescer

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O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Piauí, André Baía, disse que, futuramente, o Brasil terá muito mais pessoas aposentadas do que trabalhando por conta da questão demográfica do país. Por isso, é necessário a reforma - mesmo que mínima - da Previdência ainda no governo de Michel Temer (PMDB) para que a economia do país volte a crescer. Além disso, ele destacou que a equipe econômica do Governo Federal precisa ter mais protagonismo e que não acredita em uma possivel eleição direta antecipada. 

Reformas e Eleições 

Para Baía, independente da crise política que ocorre com o presidente da República, Michel Temer (PMDB), a Câmara dos Deputados precisa “puxar um pouco o protagonismo”, deve-se observar à equipe econômica do ministro da Fazenda, Henrique Meireles (que transitou nos governos do PT e PSDB), “olhar o país e discutir isso exaustivamente para ver se no final deste ano, depois de debatido todas essas interfaces se ter uma reforma mínima para preparar o ambiente para o próximo presidente da república”, declarou. 

André Baía ressaltou que “é impossível o país conseguir continuar com as suas contas públicas sem fazer uma Reforma de Previdência”, citando que “Fernando Henrique (PSDB) tentou fazer, mas só conseguiu uma parte. O presidente Lula (PT), em 2003, fez uma reforma dura de previdência. A presidente Dilma (PT), antes de sair falou em reforma da previdência. Eu não estou dizendo que seja tarefa fácil. Isso é duríssimo para o povo brasileiro: você está sol a sol, lutando, chegando em casa ligando a televisão e só se vê corrupção, mas ou se faz ou não vamos resolver”, acrescentou. 

“Caso não dê para fazer uma grande reforma, faz uma próxima do que dá pra fazer, já preparando o terreno para o próximo presidente que vai assumir em 2018 por meio da votação do povo porque eu não vejo espaço pra uma eleição direta antecipada para agora. Então, seria isso: uma eleição indireta, com uma reforma que dê pra fazer juntando os líderes nacionais, e quem assumir – com toda a autoridade do povo, pois somos uma democracia – tentar tocar esse país para adiante”, opina presidente do Sinduscon.  

“Os principais líderes do Brasil mesmo que desgastados estejam precisam entrar neste debate. Eu estou falando do ex-presidente Lula, Fernando Henrique Cardoso, presidência do Supremo, grandes líderes empresariais, laborais, precisam se unir e pensar que o que está em jogo é o país. E, nesse momento em que o presidente da República está fragilizado, é preciso se fortalecer a equipe econômica”, sugere Baía.  

André Baía também comentou que os governantes precisam fazer um pacto – o país precisa continuar fazendo as suas reformas, sendo a prioritária a da Previdência. Ele destacou também que uma das maiores problemáticas é o baixe índice de alfabetização dos trabalhadores. 

Se não tiver um protagonismo maior da equipe econômica de Michel Temer, Baía afirma que “cai confiança, cai investimento, cai arrecadação, isso vai para os Estados, vai para as prefeituras, e o país pode entrar em um colapso como está o Rio de Janeiro”.

 

Carlienne Carpaso
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