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Para Planalto, Obama é mais preparado do que McCain

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tinha simpatia pela eleição do democrata Barack Obama para presidir os Estados Unidos. Na última semana, essa simpatia se transformou em torcida.

Motivo: Lula avalia que o senador democrata, apesar de bem mais jovem, deu mostra de maior preparo para enfrentar a crise econômica mundial do que o adversário republicano, o também senador John McCain.

Na última semana, McCain dificultou a realização de um acordo no Congresso dos EUA para aprovar o pacote de US$ 700 bilhões proposto pela administração republicana de George W. Bush. Lá e cá, a impressão foi de ten tativa de uso da crise em benefício eleitoral numa hora em que o mundo todo aguardava com preocupação a decisão americana. O tiro do republicano saiu pela culatra.

Na opinião do governo brasileiro, Obama possui idéias mais adequadas e afinadas em relação às reformas necessárias ao capitalismo financeiro. Ou seja, uma fase de maior regulação, de maior presença do Estado. Esse figurino é mais democrata do que republicano.

Impressões

Na mídia americana, houve críticas à serenidade de Obama em relação à crise econômica e à tentativa de solução preparada pelo governo Bush. Analistas cobraram maior paixão do candidato, exigindo que se solidarizasse com os americanos raivosos.

A serenidade de Obama foi positiva. Talvez seja ruim para o candidato, mas certamente fará bem ao presidente.

Preço Palin

Além da atuação eleitoreira ao trata r da crise econômica, McCain colhe os frutos que plantou. Em entrevista à rede CBS, sua vice, Sarah Palin, voltou a mostrar despreparo em política externa e economia.

A eleição acontecerá em novembro, mas parece que a dupla McCain-Palin entrou numa fase ruim. Para complicar, Obama levou a melhor no debate de sexta contra o republicano.

 
 
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