O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) admitiu nesta terça-feira que a divulgação, com a inclusão do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), órgão ligado ao governo, liderando os lugares dos 100 maiores desmatadores da floresta amazônica, causou mal-estar no Planalto.
"Acho que a transparência pode criar problemas e sempre cria. Mas os atritos podem ser superados", reiterou.
Ontem, Minc divulgou que, entre os principais desmatadores, além do Incra, há várias empresas de agropecuária, cooperativas e pessoas físicas presentes entre os principais destruidores do meio ambiente na Amazônia Legal.
A lista com os 100 maiores desmatadores, elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente, foi divulgada horas depois de o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) informar sobre o aumento de 134% da região desmatada em agosto em comparação a julho deste ano.
A multa mais elevada será cobrada do Incra, no valor de R$ 50 milhões, e a menor é de R$ 197 mil, que deverá ser paga por uma pessoa física.