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Roger Abdelmassih deixa prisão domiciliar e volta para presídio

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Roger Abdelmassih, quando retornou ao Brasil em 2014, depois de capturado no ParaguaiAgência Lusa/Senad

O ex-médico Roger Abdelmassih, de 74 anos, deixou na manhã deste sábado (1º) o apartamento em que cumpria prisão domiciliar, no bairro dos Jardins, na Zona Oeste de São Paulo. Abdelmassih vai voltar à penitenciária de Tremembé (SP) já que, na sexta-feira (30), o Tribunal de Justiça acolheu o pedido do Ministério Público e determinou que ele volte a cumprir a pena na prisão.

De acordo com a GloboNews, um carro da polícia saiu do prédio onde vive a mulher do ex-médico, a procuradora Larissa Sacco, por volta das 6h20. Monitorado por uma tornozeleira eletrônica, Abdelmassih cumpria pena em regime domiciliar no local havia uma semana, desde que a Justiça lhe concedeu o benefício devido a problemas de saúde.

Abdelmassih foi levado pelos policiais até o Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade), no Centro da capital. De lá, deve seguir, ainda neste sábado, para o Instituto Médico Legal (IML), onde vai passar por um exame de corpo delito antes de ser encaminhado para a P2 de Tremembé. Conforme apurou a TV Globo, ele deve fazer o trajeto em uma ambulância contratada pela família.

O ex-médico foi condenado a 181 anos de prisão por 48 estupros de 37 pacientes, mas sofre de complicações cardíaca e pulmonar. A progressão de regime foi concedida no último dia 21, porém Abdelmassih não foi imediatamente para casa porque terminava um tratamento no Hospital São Lucas, em Taubaté. Ele chegou à casa da mulher apenas na madrugada do sábado (24).

Apesar de permitir que Abelmassih cumprisse prisão em regime domiciliar, a Justiça negou o pedido de indulto humanitário - que é o perdão da pena concedido a presos com problemas graves e permanentes de saúde. O MP contestou a decisão da Justiça mesmo assim. De acordo com o recurso interposto pelo promotor Luiz Marcelo Negrini e acolhido pelo Tribunal de Justiça, Abdelmassih não "cumpriu pena suficiente para qualquer espécie de progressão de regime".

Em entrevista concedida ao G1 antes de oficializar o recurso, Negrini afirmou que não há nenhuma prisão no Brasil com condições de oferecer o tratamento de doenças graves em seu interior, mas isso não justificava o benefício concedido ao ex-médico. "Se a unidade não tem condições, ela presta assistência e leva o condenado ao hospital. E isso estava sendo feito, tanto é que ele foi internado diversas vezes. Se ele não estivesse sendo assistido, aí seria outra história", explicou.

 

Fonte: G1

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