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Suspeito de matar paciente dentro do Areolino de Abreu deve retornar ao hospital

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O suspeito de matar um paciente do hospital Areolino de Abreu, em 2015, pode voltar à unidade de saúde para cumprir pena por outro homicídio. A sentença contra José Dilson Vieira de Brito Filho, proferida pelo juiz Antônio Nollêto da 1ª Vara do Tribunal do Juri, diz que o réu deve cumprir três anos de internação no hospital. A direção da casa de saúde diz que vai questionar a decisão. 

A determinação do magistrado é relativa ao homicídio cometido ainda em 2004, no bairro Santo Antônio. Depois que foi preso, por conta desta morte e ainda aguardando este julgamento, José Dilson foi internado no Hospital Areolino de Abreu, onde foi tratado de dezembro de 2013 a abril de 2014 e recebeu alta. No entanto, foi mantido no hospital por força de liminar e em maio de 2015 foi apontado como o suspeito de matar, por asfixia, o aposentado Luís Nassário Nascimento Roque, 42 anos, que estava na mesma enfermaria. 

Naquela época já não havia mais indicação médica de que o mesmo precisasse estar internado em hospital.

A sentença proferida em abril deste ano e despachada na última sexta(30), pelo mesmo juiz, determina que José Dilson cumpra internação por três anos ou enquanto “o paciente for portador de periculosidade social”, fazendo com que ele retorne ao Areolino de Abreu, que não possui porte de manicômio judiciário. 

O diretor do Hospital Areolino de Abreu, Ralph Webster diz que vai questionar a decisão da Justiça, já que o paciente já recebeu alta do hospital e cometeu outro crime lá dentro. “Nos causou estranheza essa decisão, já que não há nenhuma avaliação atual de que ele precisa de tratamento. Condenar a três anos, sem saber qual o tempo necessário de um tratamento... corro o risco de ser preso por desobediência, mas vamos tentar reverter essa decisão. Vamos questionar”, declarou o médico. 
 
Atualmente há cerca de cinco pacientes cumprindo pena na unidade de saúde e já estão lá a bastante tempo e aproximadamente 30 que estão por ordem judicial para internação involuntária, que ficam um tempo mínimo de dois meses, mas depois recebem alta e são transferidos. 

O Hospital possui 160 leitos e uma enfermaria com 30 leitos reservadas a esses pacientes da Justiça. Após a morte do aposentado, dos 70 presos que estão no local, a maioria apenas aguardando os trâmites burocráticos para serem transferidos, apenas dez continuam no hospital. 

“Depois do homicídio, houve a aprovação de uma resolução, por parte da Corregedoria de Justiça, que disciplinou o processo de internação através de um atestado médico, isso ajudou. Ainda não mudamos completamente, mas o hospital está melhor”, avalia o diretor. 


Caroline Oliveira
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