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Kleber Montezuma critica Fábio Abreu e diz que não há segurança na capital

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O secretário Municipal de Educação, Kleber Montezuma, fez duras criticas ao secretário Estadual de Segurança Pública, Fábio Abreu, durante entrevista no Jornal do Piauí desta terça-feira (4). 

Kleber Montezuma, que estava ao vivo pela TV Cidade Verde, revelou que foram registrados pelo menos 500 assaltos a escolas municipais nos últimos quatro anos em Teresina. Para Montezuma, a Secretaria de Segurança 'não tem um planejamento para a cidade".

"O que acontece em Teresina é uma verdadeira falta de planejamento do ponto de vista da Segurança Pública. Nós temos uma ausência completa, total e absoluta no que diz respeito a planejamento de Segurança Pública na cidade. Esses assaltos que nós tivemos nas escolas de Teresina, da prefeitura, não tem nada a ver com vigia, absolutamente nada, porquê em 2013 mais de 100 roubos aconteceram na escolas e tinha vigia. E quando tem vigia ele é o primeiro que se esconde, e ele tá certo. Em 2014 foram quase 200 assaltos e tinha vigia. É o primeiro que se esconde e repito que ele está certo", desabafa o gestor.

O secretário provoca diretamente o Secretário de Segurança, Fábio Abreu, afirmando que a Polícia tem conhecimento até de quem seriam os possíveis autores dos repetidos crimes a escolas da capital. E que o que provoca a repetição dos crimes seria a impunidade, pois segundo ele, todos são menores de idade. Ele cobra um posicionamento firme do secretário para que dê esclarecimentos sobre os crimes.

"Há relação direta é com a impunidade porquê esses assaltantes que roubam nas escolas da prefeitura e do Estado são quase todos menores de idade e eles estão buscando coisas para vender para um atravessador no próprio bairro para pegar o dinheiro e comprar pedra de craque. A Polícia sabe quem faz o assalto, que é menor, sabe nome de pai e da mãe os receptadores. A Polícia também sabe quem são os fornecedores de pedras de crack no bairro. Isso está tudo mapeado. O que falta é a sociedade se indignar por que ele é menor ele tem passaporte livre pra fazer isso. É importante a gente saber o secretário de Segurança Pública tem a dizer sobre esses assaltos. Sobre as pessoas que fazem os assaltos sobre quem recepciona e sobre os traficantes - não é o secretário de Educação que vai dar conta disso não quem dá conta de roubo e de assalto é a Secretaria de Segurança Pública do Piauí", declarou Kleber.

Custos

Em cálculo estimado pelo próprio secretário, baseado no último assalto registrado a uma escola do bairro Vila Bandeirantes, a Semec gasta em torno de R$ 5 mil para repor o que é roubado. Ele estima que essa conta é multiplicada pelo número de assaltos que acontecem em um ano, uma média de 100. "Esse dinheiro da reposição ele poderia estar sendo investido nas escolas  e o que eu acho muito mais sério do que o assalto e o valor do assalto é o silêncio da secretaria de segurança Pública do Piauí, porquê ela sabe quem rouba quem faz a receptação e é preciso que haja um mutirão e a justiça precisa ajudar nisso porquê 99,99% dos que fazem isso são menores de idade, tem que haver uma punição tem que haver uma atitude porquê se não nem a igreja funciona e nem nada mais", voltou a criticar.

Kleber Montezuma apontou ainda a necessidade da instalação da cerca chamada concertina, que já foi instalada no muro de algumas escola, e é usada na proteção de penitenciárias do Estado. Para ele, o uso deste arame reforça ainda mais a situação crítica das escolas. "Eu estou com vergonha das escolas que a gente subiu um muro - colocou umas garras de ferro e agora nós utilizamos a concertina que é usado para as penitenciárias. Eu se fosse Secretário de Segurança do estado do Piauí ficaria com vergonha também", finalizou.

Veja aqui resposta de Fábio Abreu sobre os ataques de Montezuma

 

Rayldo Pereira
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