O inquérito da Polícia Federal que investiga o grampo ilegal de conversa entre o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) constatou que um número superior ao de 56 agentes, divulgado pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), trabalhou na Operação Satiagraha, informa nesta quinta-feira reportagem de Felipe Seligman e Lucas Ferraz, publicada pela Folha.
Segundo a reportagem, sem fechar com precisão o total de servidores, os delegados Wiliam Morad e Rômulo Berredo, responsáveis pelo inquérito, concluíram também que, além de monitorar os investigados com fotos, os agentes acessaram e manusearam transcrições de grampos.
A Folha informa que as imagens estão com os delegados. Ontem, data em que o inquérito deveria ser concluído, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, se reuniu com Mendes no STF. Ambos não falaram sobre o teor do encontro. Morad e Berredo encaminharam o inquérito à Justiça Federal e solicitaram a prorrogação do prazo, já que os primeiros 30 dias foram insuficientes para se confirmar se de fato o grampo existiu e o suposto autor.
Fonte: Folha Online