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Delegado desabafa sobre situação precária do trabalho em Água Branca

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Está complicado trabalhar na Delegacia de Água Branca. Em entrevista ao Cidadeverde.com, nesta terça-feira (25), o delegado Tiago Damasceno relatou que o espaço está com “péssimas condições de trabalho”, o que também dificulta o atendimento ao público e a permanência dos presos no local, pois as celas são consideradas insalubres e fica ao lado de um pequeno espaço usado como cozinha pelos profissionais da segurança. 

De acordo com o delegado, a Vigilância Sanitária do município já esteve no local e atestou que “o imóvel onde se encontra a Delegacia Regional apresenta várias irregularidades nas áreas administrativa e física, bem como ainda inteira deficiência nas instalações sanitárias”. O documento, do dia 05 de julho de 2017, diz ainda que o quadro é de descaso. 

Tiago Damasceno relatou que, algumas vezes, a delegacia está tão lotada que a população precisa aguardar do lado de fora, no “sol quente”, pois “a recepção é muito pequeno, não tem sistema de refrigeração nem ventilador”. Além disso, a sede só possui duas salas com computadores em que uma delas é compartilhada por dois delegados e uma escrivã, e a outra é o cartório. “Eu e o outro delegado só podemos fazer um atendimento por vez. A gente lida com os mais variáveis problemas e é constrangedor uma pessoa falar do seu problema ao lado de outra”, conta.

“Nós temos um relatório da Vigilância Sanitária sinalizando uma interdição, que esse espaço não tem condição alguma de funcionar como delegacia. As condições das celas são desumanas, terrível. E a condição dos funcionários também, pois a gente trabalha em um ambiente totalmente insalubre”, disse Damasceno. 

A falta de um alojamento adequado para os dos profissionais de segurança também é uma das reclamações. “Temos uma cozinha que na verdade não existe, são péssimas condições por lá, e é ao lado das celas o que gera um desconforto para os policiais. Não tem como se alimentar nas condições que ela se encontra. O cheiro que vem das celas é muito forte. Não tem mesa, não tem nada”, relata o delegado. 

Reforma e Interdição 

O delegado Tiago Damasceno disse que já conversou com o secretário estadual de Segurança, Fábio Abreu, e aguarda um posicionamento oficial.
 
“Eu já conversei com o secretário e ele se mostrou interessado, pois a regional de Água Branca é importante, mas essa conversa foi há 55 dias e até agora não tivemos nada de concreto. Não precisamos somente de pintura e reparos, nós precisamos de uma reforma e ampliação, criação de mais um gabinete, sala de investigação”, defende o delegado.

O Cidadeverde.com entrou em contato com o promotor da comarca de Água Branca, Mário Normando. Ele informou já ter conhecimento da situação e que entrou em contato com Fábio Abreu.

“Temos um procedimento instaurado na promotoria sobre a delegacia em que pede intervenções urgentes. Semana passada, tivemos uma reunião com o secretário de Segurança e estamos aguardando um posicionamento para corrigir os problemas. Caso isso não ocorra, nós iremos entrar com pedido de interdição da Delegacia. É preciso condições de trabalho digna aos servidores, no atendimento ao público e aos presos também”.

O delegado Everton Férrer, da Gerência de Policiamento do Interior, informou que, após a reunião com o Ministério Público, a Secretaria de Segurança enviará uma equipe do setor de engenharia para fazer uma avaliação do local. Um projeto deverá ser elaborado para uma reforma emergencial no prédio para que ele não seja interditado. Além disso, deverá ser enviado mais agentes para ajudar no trabalho. Novos equipamentos também deverão ser instalados no local. 

Carlienne Carpaso
[email protected] 

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