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Médico cubano tem casa incendiada e é preso em hospital de Barras

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O médico cubano, Jesus Rivera, foi preso na noite desta terça (7) por ter agredido um homem que teria soltado rojões em frente à sua casa em Barras. Os foguetes atingiram parte do terreno o que acabou ocasionando um incêndio no imóvel.

 

O fato aconteceu ainda por conta das comemorações do resultado das eleições do último domingo (5) onde o atual prefeito, Manim Rego (PMDB) conseguiu se reeleger. ?Era por volta das seis horas da tarde quando um grupo de marginais do grupo vencedor começou a soltar foguete em frente à minha casa?, narra Jesus, que apóia Joaquim Lucas (PTB), candidato que perdeu o pleito.

 

O médico, que estava prestes a sair de casa para o hospital onde daria plantão, acionou a polícia que dispersou o grupo. Uma hora mais tarde, os fogueteiros retornaram e continuaram a queima de rojões que acabou ocasionando um incêndio no terreno da casa de Rivera. ?Eu estava saindo com a minha esposa, quando o fogo começou. Meus filhos ficaram com muito medo e tive de protegê-los?, afirma o cubano, pai de um menino de 5 e uma garota de 7 anos, ambos piauienses.

 

Com os ânimos exaltados, Jesus e dois membros do grupo chegaram a trocar agressões. Momentos depois, a juíza da cidade, Maria das Neves, mandou que o cubano fosse preso no hospital onde trabalha por agressão. ?Fiquei muito revoltado, indignado com a Justiça brasileira. Eu fui detido enquanto os vândalos, os traficantes (sic) ficaram soltos?, braveja Rivera.

 

Segundo o médico, que tem situação regular por ser casado com uma piauiense e mora há 9 anos no estado, a juíza da cidade só o teria liberado porque recebeu a ligação de um desembargador. O médico foi liberado pela polícia por volta das 22h30h.

 

Versão da Justiça

 

A juíza da comarca de Barras, Maria das Neves Lima, afirmou ao Cidadeverde.com que tomou conhecimento do fato ao passar em frente ao hospital de Barras e ver uma grande movimentação de pessoas. ?Eu entrei no hospital e perguntei ao capitão o que tinha acontecido. Ele me mostrou as duas vítimas e a polícia protegendo o médico. Então mandei que ele fosse encaminhado à delegacia para fazer um TCO (Termo Circunstancial de Ocorrência)?, afirma.

 

De acordo com a magistrada, as vítimas informalmente afirmaram que estavam em um bar na frente à residência do médico cubano mas negaram estar soltando fogos de artifício. Informada pela nossa reportagem sobre o suposto incêndio na residência de Jesus, Lima afirmou que não sabia deste fato. ?O processo ainda deve ser enviado pela polícia para mim até amanhã. É quando me interarei mais profundamente do assunto?, declara.
 
 
Carlos Lustosa Filho
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