Acesso à internet, televisão e até mesmo a drogas. Essa era a realidade do Centro Educacional Masculino (CEM). Para transformar este cenário, o agente penintenciário Valter Júnior- que assumiu a coordenação na semana passada- implementa uma série de  medidas disciplinares e de segurança. 

"Havia interno que tinha 15 peças de roupas, agora todos terão duas fardas, além do colchão próprio, o que vai propiciar mais conforto. Agora, eles terão hora para acordar e deixar tudo organizado. Anteriormente, ficavam no pátio usando drogas, vendo televisão e internet. Essa política mudou. Estamos fazendo um trabalho intenso", declarou o novo coordenador.

Para se ter uma ideia, no CEM havia 172 televisores, quantidade maior que o número de internos, que são 150. Outra situação agravante era o caso de um socioeducador que levava drogas para o Centro. 

"A maior parte do pessoal foi remanejado, aqueles que faziam o gancho do externo com o interno, pois a pessoa ou é agente e trabalha com a questão disciplinar ou é bandido. Nã existe dois termos. Tivemos que afastá-los para colocar a 'casa' em ordem", explica Valter Júnior.

Com o objetivo de ressocializar os internos está sendo viabilizado um convênio com a Fundação Wall Ferraz e o Senac. O novo coordenador ressalta que o processo já estava em andamento, mas não havia se concretizado pela situação crítica do CEM

"Os cursos ainda não haviam começado devido àquela situação. Internos sob efeitos de drogas e com objetos cortantes na cintura. Então, o primeiro passo foi colocar a casa em ordem. Agora, as salas de aula estão sendo organizadas, o banho de sol retornou, as visitas retornam a partir de sábado. Vamos deixar tudo como a lei manda", finaliza Valter Júnior. 

Graciane Sousa
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