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Mãe pode ser indiciada por estupro contra filha; padrasto foi preso

Uma mãe pode ser indiciada pelo crime de estupro de vulnerável contra a filha de 12 anos. O caso ocorreu  na cidade de Esperantina, a 174 km de Teresina. A mulher deve responder criminalmente porque teria conhecimento dos abusos sexuais praticados por seu companheiro (padrastro da vítima) e não os impediu. 

"Ela como responsável legal tinha a obrigação de impedir que o resultado acontecesse, não o fez e os estupros ocorreram várias vezes. A conduta da mãe foi grave", declarou Leonardo Alexandre,  delegado regional de Esperantina. 

A Polícia Civil representou pela prisão de Rogerio Lopes Fernandes que foi capturado nesta terça-feira (12). O caso só começou a ser investigado após a criança relatar os abusos para professores. O delegado ressalta que a situação é ainda mais agravante porque a vítima é portadora de deficência intelectual. Os estupros ocorriam na própria residência da família onde residiam o casal e três filhos. 

"Apesar da deficiência mental, ela relata os estupros com riqueza de detalhes, o que não nos deixa dúvidas sobre a autoria. No ano passado, por exemplo, ela disse que contou para a mãe que o padrastro tinha tocado nela e que os dois brigaram e ele saiu de casa, mas depois voltou. Então, os estupros continuaram até que houve a conjunção carnal. Pelo depoimento dela, a mãe sabia de tudo e não fez nada para cessar as agresões", explica o delegado.

A conjunção carnal foi confirmada por exame de corpo de delito realizado no Hospital Estadual Júlio Hartman, em Esperantina. O padrastro permanece preso na cidade e será encaminhado para uma unidade prisional. Tanto ele, como a companheira, negam as acusações. 

A Polícia Civil tem 10 dias para concluir o inquérito. A vítima continuará sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar e profissionais da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). 


Graciane Sousa
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