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Delegado desabafa após 4 anos da morte de cabeleireiro sem decisão judicial

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Foto: Arquivo Pessoal

Após quatro anos, familiares e amigos ainda sofrem com a ausência do cabeleireiro Esequias Oliveira do Carmo, assassinado com requintes de crueldade em Teresina, em setembro de 2013. Outro sentimento é a impunidade. Até o momento,  o suspeito- identificado ainda na época do crime- permanece em liberdade. 

Esequias Oliveira foi encontrado morto com cinco facadas na região do pescoço dentro do seu apartamento, localizado na rua Costa Rica, bairro Cristo Rei, zona Sul da Capital. A crueldade e covardia do suspeito surpreendeu, inclusive, o coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Baretta, que lida diariamente com crimes violentos. 

A Polícia Civil apontou Joel Luís da Silva como o autor do crime que foi caracterizado como latrocínio  (roubo seguido de morte). O delegado desabafa e critica a morosidade da Justiça. Ele relembra que representou pela prisão preventiva do suspeito e quatro anos após o crime, o pedido nunca foi deferido pela 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí. 

"O crime foi cruel e covarde...tinha sangue até no teto do apartamento. O Ministério Público ofereceu a denúncia e não se manifestou mais. A instrução criminal foi iniciada, mas não foi concluída até hoje. O inquérito está bem 'amarrado'. Existem elementos demais para ele ser preso, mas permanece solto comentendo crimes.  Isso é um absurdo", critica Baretta. 

O cabeleireiro foi assassinado durante comemoração íntima do seu aniversário. As investigações apontaram que ele teria levado o suspeito para seu apartamento, houve um desentendimento e em seguida o latrocínio. Da vítima foram levados o carro, a televisão, a carteira com dinheiro e cartões de crédito. Outra prova que também pesa contra o suspeito é uma camisa manchada de sangue apreendida por policiais da Especializada.

Esequias trabalhava no antigo Salão Kennedy e era bastante conhecido. 

O latrocínio do cabeleireiro foi um dos primeiros casos desvendados pela Delegacia Homicídios que havia sido recém-criada. 

 

Graciane Sousa
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