Foto: Wilson Filho
O secretário de administração, Franzé Silva, disse nesta terça-feira (24) que o Piauí está buscando uma forma de não entrar no circuito de atraso de salários que se instalou em alguns estados brasileiros. Para isso, o governo vem adotando medidas como o realinhamento de alíquotas de ICMS em determinados segmentos como fumo e combustíveis. O projeto que trata do assunto está em tramitação na Assembleia Legislativa e deveria ter sido votado hoje, mas por conta de um intenso bate-boca entre parlamentares terminou a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sendo suspensa.
“É preciso se apreciar essa discussão com o olhar sobre o Estado. Se tivesse fazendo proposta de taxação de ICMS em cenário em que não tivesse dificuldade financeira, caberia um olhar mais cuidadoso, mas o que estamos vendo é que o Piauí hoje é um dos poucos estados que não estão com atraso de salários, os serviços essenciais sendo prestados sem interrupção, e estamos buscando uma forma de não entrar nesse circuito de atrasos e de desorganização administrativo-financeira”, disse o secretário em entrevista à TV Cidade Verde.
Franzé disse que não vê sentido tanto desgaste dos deputados para votar uma tributação sobre um produto como o fumo, por exemplo. “Uma das saídas é realinhar alíquota em cima de produtos como o fumo. Como se questionar aumento de alíquota do fumo, quando precisamos melhorar a arrecadação? Não entendo o motivo de se travar um debate dentro da Assembleia de uma coisa que é pacifica em outros estados”, declarou.
Para o secretário, o que é preciso neste momento é o governo e os deputados passarem tranquilidade para o povo do Piauí. “Nós temos que ter muita clareza do tamanho dessa crise. Analisar os motivos pelos quais o Piauí ainda não entrou no olho do furacão e que é importante principalmente para os trabalhadores - tanto do setor público como privado - mas também para a economia. Toda a economia do Piauí gira em torno da organização do Estado. Acho preocupante quando se faz um debate de um cunho tão importante, que é a estabilidade do Estado, somente com a visão eleitoreira”, finalizou.
A matéria só deve voltar a ser apreciada na semana que vem.
Hérlon Moraes
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