Deputados estaduais do Partido dos Trabalhadores se reuniram com a diretoria do Sindicato dos Bancários na tarde desta segunda-feira (20) e declararam apoio ao movimento grevista iniciado há 15 dias. Os parlamentares discutiram com os sindicalistas que alternativas podem ser encontradas para ajudá-los a ter suas reivindicações atendidas, e assim por fim à paralisação da categoria.

 

Estiveram no sindicato às 17h de hoje os deputados João de Deus e Flora Izabel, além do ex-deputado federal Simplício Mário, que já presidiu o sindicato, e o secretário de Saúde Assis Carvalho, deputado estadual licenciado para o cargo. Eles justificaram a ausência de Fábio Novo, Cícero Magalhães e Paulo Martins, que estão viajando, e declararam apoio ao movimento.

 

 

João de Deus disse que quer envolver também os deputados federais na causa e fortalecer o movimento. Acusando os banqueiros de serem injustos com a categoria, ele também pedirá apoio a outro bancário e ex-sindicalista mais ilustre, o governador Wellington Dias.  "Nossa visita é uma manifestação de solidariedade. Sabemos da importância das reivindicações e o PT sempre apoiou as lutas categoria", disse João de Deus, prometendo pronunciamentos na Assembléia Legislativa e requerimentos à bancada federal.

 

Simplício Mário disse que os bancários enfrentam um arrocho salarial e os banqueiros são os que mais lucram. Ele promete ajudar o sindicato no diálogo com a população, para esclarecer os motivos da greve.

 

 

José Ulisses, presidente do sindicato, aproveitou para protestar contra a atuação da Polícia Militar. Ele pediu que Assis Carvalho dialogue com a PM para que não atue de forma truculenta, como denunciam os bancários. O sindicalista denunciou que o Bradesco novamente foi alvo de intimidação nesta segunda-feira. "É uma postura inaceitável. E porque só no Bradesco? Quando tem assalto eles não vêm na mesma rapidez que agora durante a greve", reclamou.

 

O presidente da categoria disse que o Banco do Brasil, mesmo sendo estatal, é o que pior trata os bancários. O discurso de Ulisses não anima os que esperam o fim da greve. Uma assembléia na noite de hoje pode confirmar a continuidade do movimento.