"Depois da luta dela aqui, acho que ela cresceu muito com aquela derrota. Foi uma derrota que veio na hora certa, pra abrir os olhos", disse Expedito, falando sobre o bronze no Campeonato Brasileiro Sênior em Teresina há 10 dias. Ele acredita que o resultado negativo fez a judoca esquecer o assédio de fãs e da imprensa e se concentrar mais nos seus objetivos. "Ela está bem consciente, calma, tranqüila. Acho que ela está melhor do que nas Olimpíadas, com a cabeça mesmo de quem vai medalhar", continuou Expedito.
O treinador ignora favoritismo e diz que o Mundial Júnior é um torneio imprevisível. Estudar as rivais? Como? "É um torneio com muitas atletas jovens que estão surgindo. É mais fácil elas terem estudado a Sarah do que ela saber algo das adversárias, já que ela esteve na Olimpíada. Mas tudo isso contou muito na bagagem dela, e particularmente estou acreditando muito", afirmou Expedito Falcão, ansioso para acompanhar o resultado das lutas, que não serão transmitidas pela TV no Brasil.
Família confiante
Enquanto Expedito fica ansioso, a família de Sarah também conta as horas para a estréia da judoca no Mundial Júnior. A irmã Sâmia Menezes disse que as velas das orações já foram todas acessas por sua mãe, e todos estão na expectativa na zona sul de Teresina. "Ela ligou para casa esses dias e isso foi bom para nós também. Temos tentado ajudar ela a esquecer a derrota no Brasileiro para que isso não interfira no Mundial", disse Sâmia. Sarah estréia por volta de 1h da madrugada, horário de Teresina, contra a venezuelana Maria Velazquez.
Fábio Lima
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