Cidadeverde.com

Novo ministro mantém previsão do PIB e diz que será criterioso com incentivos

Imprimir

O novo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, declarou que o governo vai avaliar novos incentivos fiscais com muito critério e que a reforma da Previdência terá que ser enfrentada no fim de 2018 ou no início do ano que vem.

Guardia disse que possíveis incentivos fiscais em sua gestão terão que ser discutidos com muito critério para “fazer valer a restrição orçamentária”. Ele sinalizou que pretende se afastar de projetos condenados pela Organização Mundial do Comércio (OMC), citando o programa Inovar Auto. Segundo o ministro, a expansão do gasto tributário será um tema discutido enquanto estiver à frente da pasta.

“Teria sido extraordinário se tivéssemos aprovado a reforma este ano ou passado. É o projeto mais importante que encaminhamos ao Congresso”, afirmou o ministro, acrescentando que sem reforma da Previdência, o teto de gasto não é sustentável. "O fato de não ter aprovado Previdência no ano passado ou inicio deste ano não elimina a absoluta urgência de debater e aprovar a Previdência", disse.

O ministro da Fazenda manteve a previsão de crescimento de 3% da economia este ano, feita por seu antecessor, Henrique Meirelles, mencionando o controle da inflação e a queda dos juros. “Isso é conquista da sociedade e está ancorada nos processos de reformas estruturais iniciadas no governo Temer”, disse.

Ele reafirmou à jornalista o compromisso do ministério com a disciplina fiscal e disse ter orgulho em trabalhar ao lado da equipe de Temer. “Minha posição não é partidária”, afirmou.

Ele disse que o governo vai entregar o Orçamento de 2019 com um pedido de crédito extraordinário. Isso será feito para cumprir a chamada regra de ouro, que impede a emissão de dívida para cobrir despesas correntes.

"A ideia é que a gente use uma prerrogativa que está na própria Constituição. A regra de ouro diz que não se pode usar operação de crédito para financiar despesa corrente a menos que essa despesa esteja prevista em um crédito extraordinário. O entendimento é que utilizaremos esse dispositivo para o orçamento de 2019."

O ministro ressaltou que as medidas necessárias para cumprir a regra de ouro em 2018 já foram tomadas e que a verificação ocorre no fim do ano fiscal. "É importante dizer que a questão da regra de ouro deste ano está equacionada. A regra de ouro é algo que é sempre verificado ao final do exercício financeiro, mas nós queremos encaminhar um orçamento de 2019 que seja compatível com a regra de ouro", disse o ministro.

Fonte: G1

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais