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UFC: Agência inocenta lutadores brasileiros flagrados no doping

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Ex-campeão peso-pesado do UFC, Junior 'Cigano' voltou a ter motivos para comemorar. Flagrado em um exame antidoping surpresa em agosto de 2017, quando se preparava para enfrentar Francis Ngannou, o catarinense recebeu a notícia de que a USADA (Agencia Antidoping Americana) completou a investigação de seu caso e que decidiu pela sua inocência.

Cigano' foi inocentado da acusação de ter usado substâncias conscientemente - Foto - Erik Engelhart 

De acordo com comunicado oficial emitido pela entidade, as farmácias de manipulação que produziram e venderam produtos a Cigano — e também aos meio-pesados (93 kg) Rogério 'Minotouro' e Marcos 'Pezão' — cometeram a chamada contaminação cruzada. Ou seja, quando outras substâncias aparecem, por falta de cuidado na preparação dos produtos, em suplementos em que não fazem parte da composição.

Essas contaminações resultaram em testes antidoping positivos para hidroclorotiazida — nos exames dos três atletas — e anastrozol, no de Pezão, também suspenso preventivamente desde agosto do ano passado. 

A hidroclorotiazida está na lista da Agência por ter propriedades diuréticas e ser muitas vezes usada para auxiliar na eliminação de outras substâncias proibidas. O anastrozol, por sua vez, é um esteroide anabolizante.

O diretor-executivo da USADA, Travis T. Tygart, fez críticas às empresas que produziram o suplemento contaminado. "Nós agradecemos pela cooperação dos atletas e autoridades internacionais em aprofundar esta situação. 

Esperamos que isso previna a repetição destes problemas no futuro. É inaceitável que estas farmácias de manipulação produzam suplementos contaminados para o público. Este é outro exemplo da razão pela qual os atletas precisam ter cuidado extremo com o uso de suplementação nutricional. 

Frequentemente, os produtos contêm substâncias não declaradas, inclusive proibidas, o que pode ser perigoso para a saúde do atleta. Vamos fazer todo o possível para garantir que estes fornecedores sejam responsabilizados por colocar produtos perigosos no mercado", declarou.

Com a comprovação que o uso de substâncias proibidas não foi consciente em nenhum dos casos, Cigano, Pezão e Minotouro (flagrado em outubro) aceitaram uma redução automática para seis meses de punição — já cumprida em todos os casos. Assim, os três brasileiros já podem voltar a competir.


Fonte: Agencia Fight

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