Definir a melhor logística de distribuição de alimentos para as famílias em situação de emergência, buscando sempre unificar o discurso sobre os números da seca no Piauí para evitar distorções ou desencontro de informação: esse foi o objetivo da reunião realizada no 5º andar do edifício em frente ao Palácio de Karnak, no Centro de Teresina, onde funciona a nova sede da Secretaria Estadual de Defesa Civil.

Representantes da Defesa Civil estadual, APPM (Associação Piauiense de Municípios) e FETAG (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí), buscaram um entendimento com relação ao número de cidades em situação de emergência ou que sofreram os efeitos da estiagem no interior do Piauí, inclusive com a perda parcial ou total da safra.

O secretário da Defesa Civil no Piauí, Fernando Monteiro, abriu a reunião afirmando que em cidades onde o atual prefeito não foi reeleito ou que não conseguiu eleger seu candidato, diminuiu consideravelmente o interesse dos gestores em atender às necessidades da população.

Monteiro ressaltou que a ajuda não chegou antes aos municípios por conta da vedação imposta pela lei eleitoral, o que poderia resultar em denúncia ao Ministério Público de uso político das ações emergenciais de combate aos efeitos da seca. Fernando Monteiro lembrou que o Governo se precaveu, montando um estoque de segurança com toneladas de alimentos para eventuais situações de emergência, como a seca que já atinge 59 cidades do Piauí.

Outra medida adotada preventivamente pelo Governo, foi decretar, ainda em agosto, o estado de emergência nas 59 cidades do semi-árido, fugindo do excesso de burocracia de Brasília, de modo a agilizar o atendimento às famílias nessas cidades. O governo também enviou equipes para o interior do Piauí para contratação, com recursos próprios do Estado, de carros-pipa para abastecer de água as comunidades rurais atingidas pela estiagem.

“Nós não ficamos esperando por Brasília. O governador Wellington Dias determinou que todas as providências fossem agilizadas para atender as famílias o mais rápido possível. Aqueles municípios que já têm histórico de situações mais graves, o governador decretou estado de emergência. Nós enviamos quatro equipes para contratar os carros-pipa para abastecer essas cidades. Quem estiver precisando de assistência emergencial, deve nos procurar. Agora mesmo estamos recebendo das comissões municipais de Defesa Civil  as relações das famílias em situação de emergência, com perdas da safra, para envio de cestas de alimentos”, destacou o secretário.

Monteiro argumentou que a ajuda do Governo do Estado, seja com o envio de cestas de alimentos ou com a contratação de carro pipa, depende do comunicado da situação de emergência por parte das prefeituras dos municípios.

FETAG
O presidente da Fetag, Evandro Luz, afirmou que, na verdade, os números que a entidade tem divulgado são estimativas, já que não dispõe de métodos de garantir com precisão a quantidade das cidades em estado de emergência. “Nós temos hoje esses 59 decretados, mas se até o dia 15 não chover, vai aumentar, e é isso que nós temos divulgado”.

Redação
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