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MP recomenda concurso como uma das soluções para reduzir mortes em Maternidade

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Promotora Karla Daniela Furtado (Foto: Carlienne Carpaso)

A promotora Karla Daniela Furtado, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde do Ministério Público do Piauí, alertou que uma das soluções para resolver os graves problemas da Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) é a regularização do quadro de pessoal por meio de concurso público. As declarações foram dadas após a maternidade registrar quase o triplo de mortalidade infantil que a média nacional.

Em entrevista ao Cidadeverde.com, nesta sexta-feira (11), a promotora relatou que a rotatividade de profissionais atrapalha na continuidade dos serviços e no correto manuseamento dos equipamentos, pois muitos são de alta complexidade e requer habilidade qualificada para utilização. 

A promotora estuda o ingresso de uma ação civil pública. Outro problema relatado pela coordenadora é a falta de importantes medicamentos para as mães e bebês internados na maternidade e até mesmo a falta de insumos básicos, como de luvas para os procedimentos cirúrgicos e clínicos.

"Precisamos exigir uma regularidade nessa manutenção de insumos e medicações na Evangelina Rosa e melhorar o quadro de pessoal porquê as escalas continuam em aberto e o número de funcionários admitidos sem concurso e sem teste seletivo é bastante alto dentro da Evangelina Rosa", pontuou a promotora.

A coordenadora comentou que muitos técnicos e enfermeiros, que são terceirizados e têm os salários atrasados, acabam deixando o serviço. Então, todo o tempo que esse funcionário levou para aprender a manusear corretamente a técnica de uso de um equipamento é descartado. 

Com a saída desse profissional, os médicos vão levar mais tempo para ensinar a técnica correta para um novo profissional, que também não adentrou a administração pública por meio de concurso.

Deficiência no pré-natal

A promotora relata ainda que os números denunciam uma deficiência no pré-natal. Houve um aumento significativo no nascimento de bebês prematuros. "Indagando os médicos eles atribuem a deficiência do pré-natal. Ele está muito ruim, porquê eu tenho muitas crianças prematuras, o que mostra a precariedade da atenção básica", completa.

Carliene Carpaso
[email protected]

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