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São Paulo recebe divas pop amadas por gays

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Neste sábado (8), Kylie Minogue. Na semana que vem, Cyndi Lauper. Em dezembro, Madonna. São Paulo recebe não apenas três divas da música pop, mas três ícones gays.

A primeira delas, Kylie, após sofrer com um câncer de mama há três anos, reconquistou seu posto de diva e voltou às paradas com o disco "X", em que exalta, entre outras coisas, o sexo e a própria nudez.

Juan Carlos Cárdenas/Efe

Madonna, que chega ao Brasil
em dezembro
 
A segunda, Cyndi, já está longe do auge, que viveu nos distantes anos 1980, mas ainda conserva o bom humor espalhafatoso e voltou aos holofotes desfilando na Parada Gay de San Francisco neste ano.

A terceira, Madonna, dispensa comentários --é como a mãe de todas as divas. Pautou toda a sua carreira em torno da ambigüidade e da liberdade sexual e chegou até a declarar que se sentia "um homem gay preso no corpo de uma mulher".

Em entrevista à Folha, por telefone, Kylie conta de onde vem a reverência gay: "Foi algo natural, uma relação espontânea que começou muitos anos atrás. Sempre fui muito extravagante em meus shows. No início da carreira, fiz algum sucesso, mas não tinha muito respeito da crítica e de outros artistas, foram momentos duros.
Naquela época, os gays me adotaram, me protegeram. Foi importante para mim, algo que eu respeito desde então".

"Ela teve câncer, ela sofreu, a gente ficou com dó. E amamos ela", resume o sexólogo Claudio Picazio, 50. "Ela sente o que o gay sente: ou ele sucumbe ao mundo e engorda, ou dá a volta por cima e vira o máximo."

A cantora australiana, hoje com 40 anos, afirma que o câncer quase fez com que desistisse da carreira: "Minha vida mudou muito, não dá para ser a mesma pessoa depois de uma experiência dessa. Tive tempo suficiente para refletir se queria continuar com meu trabalho. Mas ser uma cantora é o que eu gosto de fazer".

Em SP

No sábado, no Credicard Hall, será o primeiro show de Kylie Minogue no Brasil. Sobre a apresentação, ela adianta: "Estou com esta turnê há algum tempo, já passei pela Europa. Fiz algumas mudanças para as apresentações na América do Sul, mas será basicamente o mesmo show musical. Vou cantar músicas de quase todos os meus discos, de cada fase da minha carreira".

A australiana diz que será acompanhada por vários músicos e bailarinos --alguns deles, se copiarem outros shows da turnê, só de sunga--: "Há dez músicos na banda e mais dez dançarinos. Além disso, mudo de roupa umas oito vezes, o que estranhamente são os momentos mais ansiosos para mim, em que eu fico mais nervosa".

No palco, Kylie recria a atmosfera de clubes gays, apoiada por versões dançantes de suas canções. "Gosto quando minhas músicas são ouvidas no rádio e nos clubes", conta a australiana. "Em meus discos, trabalho com muitos produtores.

Gosto de experimentar novas coisas de vez em quando, por isso convido gente nova, como Calvin Harris, que é muito dinâmico e não respeita regras", diz. (Calvin Harris é um escocês que fez algumas músicas para o último disco de Kylie.)

Ao lado de Kylie, Cyndi Lauper e Madonna desembarcam como uma espécie de santíssima trindade do pop gay. "Tem uma coisa verdadeira, de ser um gay preso no corpo de mulher", afirma o escritor André Fischer. "Daí vem a identificação, mais a coisa de ser diva, poderosa e loira, é imbatível."

KYLIE MINOGUE
Quando: sábado, a partir das 22h
Onde: Credicard Hall (av. das Nações Unidas, São Paulo, 17.955, tel. 0/xx/11/6846-6010)
Quanto: ingressos esgotados
Classificação: 14 anos (acompanhado dos pais ou responsável)
 
 
Fonte: Ego
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