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Médicos do município paralisam nesta terça-feira

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Paralisação foi definida em assembléia geral. Foto: Simepi

O Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) deflagrou nesta trerça-feira (15) um movimento que chamam de ‘paralisação de advertência’. Após assembleia realizada na semana passada a categoria resolveu por unanimidade pelo movimento. 

A paralisação abrange os servidores municipais, salvo os casos de urgência e emergência, e acontece devido a Fundação Municipal de Saúde não estar aberta para o canal de negociação com a classe médica, foi o que informou o sindicato. 
 
Entre as reivindicações da categoria estão: realização de concurso público, pois os médicos estão sobrecarregados; aumento e reajuste salarial para valorização da carreira médica do Município de Teresina, que estão com as progressões defasadas; e ainda a falta de estrutura e melhores condições de trabalho nos hospitais da capital.

Segundo o presidente do Simepi, Samuel Rêgo, os médicos servidores públicos no município estão há três anos sem aumento no salário e destaca ainda a precarização da situação da categoria. “Continuamos recebendo denúncias dos médicos da Prefeitura de Teresina acerca das condições ruins de trabalho. Durante nossas fiscalizações, estamos constatando e vendo in loco as dificuldades que estes profissionais têm enfrentado”, conclui.

Fundação Municipal de Saúde rebate médicos

A Fundação Municipal de Saúde informa que tem conhecimento da paralisação dos médicos. Informa ainda que a principal reivindicação da categoria é o reajuste salarial, que está sendo discutido. A FMS tem 1.173 médicos efetivos em seu quadro de servidores. O plano de cargos, carreiras e salários da categoria está sendo cumprido. A terceira etapa do plano foi realizada em 2015, onde os profissionais médicos tiveram um reajuste de 20%. Em 2016 todos tiveram progressão e promoção, o que acontece a cada dois anos. Então este ano de 2018 deverá acontecer novamente. Está sendo feito um levantamento do impacto de quanto isso custa para poder ser implantado.

A FMS entende que um movimento grevista é algo legítimo, mas quando não existem outras opções, o que não é o caso, pois existem conversas acontecendo. O movimento grevista penaliza a população, principalmente quem vem do interior para uma consulta, ou outro serviço de saúde, que foi agendado há algum tempo. Sabemos que geralmente são cidadãos com menor renda e que precisam ser respeitados.

O país inteiro vive uma séria crise econômica e para que a gestão tome qualquer decisão referente a reajuste salarial precisa-se haver um estudo financeiro, o que já está acontecendo. A Prefeitura de Teresina, só na saúde, possui mais de 11 mil servidores, o que representa 52% do total da folha de pagamento. Portanto, mais da metade.

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