Foto: Hérlon Moraes
O Sindicato dos Proprietários de Postos de Combustíveis do Piauí confirmou por volta das 11h deste domingo (27), que a situação nos postos de Teresina já pode ser considerada de colapso. A previsão é que o estoque só acabaria no final da tarde. Alguns estabelecimentos ainda tinham gasolina no começo da manhã, mas pontuais. A procura começou desde a madrugada. Na avenida Barão de Castelo Branco, na zona Sul, uma fila de carros se formou logo cedo.
Os efeitos do desabastecimento são imediatos. Metade da frota de táxi da capital, por exemplo, já parou de rodar. "A situação é dramática. Não tem combustível em Teresina. Não tem como a gente trabalhar”, disse o presidente da Cooperativa de Taxistas do Piauí, Pedro Ferreira.
Segundo ele, há dificuldade até para manter os contratos com as empresas para levar funcionários. “Nós estamos sem condição de manter os contratos. As empresas estão ligando para reservar os carros, mas nós estamos despachando. Cerca de 50% da frota já está parada”, afirma.
A crise, segundo Pedro Ferreira, deve ser ainda maior nesta segunda-feira. “Amanhã a gente não sabe o que fazer. Se o governo do estado e federal não interceder para resolver esta situação, não tem como a gente atender. Os ônibus não vão sair, pois não tem óleo para rodar e nós não temos gasolina. Os carros já estão se recolhendo em suas casas para não ficar no meio da rua”, ressaltou, lembrando o drama que viveu ontem em busca de gasolina.
“Eu saí do Monte Castelo e estive no posto da Miguel Rosa com a Frei Serafim duas horas, quando chegou próximo o cara disse que não tinha mais. Tem que ter uma medida rápida para abastecer os postos”, finalizou.
O secretário de segurança, Coronel Rubens Pereira, disse que está sendo mantido o abastecimento para serviços essenciais e que, nesta segunda, às 9h, o gabinete de gerenciamento de crise se reúne para avaliar situação.
Medidas
O Setut ainda não se manifestou sobre o funcionamento da frota na segunda-feira. Desde ontem, a quantidade de ônibus foi reduzida pela metade.
A Prefeitura de Teresina disse que está acompanhando a situação para saber se haverá necessidade de alguma alteração nos serviços da capital e não descarta um decreto de emergência.
Hérlon Moraes
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