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Na Alepi, donos de postos criticam demora na liberação do terminal de petróleo

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A reunião entre os donos de postos de combustíveis do Piauí e os deputados estaduais terminou sem entendimento. Os proprietários dos postos queriam o apoio dos parlamentares como forma de pressionar o governo do Estado a garantir a retirada dos manifestantes em frente ao terminal de petróleo de Teresina. Porém,  ouviram dos deputados que qualquer decisão depende do Governo Federal e do Governo do Estado.
 
O presidente do Sindicato, Alexandre Cavalcante, afirmou que o governo tem sido omisso e que não sente um esforço para desobstruir a passagem dos caminhões. “Eu não vi consenso nenhum. Não esteve aqui não só o sindicato dos postos como a CDL. Queremos que se respeite o direito de quem quer trabalhar, que está sendo ameaçado. Queremos providencias para isso. Somos simpáticos ao movimento porque é impossível se trabalhar com uma carga tributária alta. Sofrem todos. Somos a favor da greve, mas os excessos de algum atrapalha tudo. Até o momento o governo tem sido omisso. Não temos sentido um esforço para liberar as estradas”, destacou.
 
Alexandre diz que 98% dos postos do Piauí já estão sem combustíveis. Ele fala em colapso total.   “De acordo com levantamento feito hoje pela manhã, 98% dos postos já estão desabastecidos. Até o fim da tarde estaremos com colapso total”, disse.
 
O presidente da Assembleia do Estado, deputado Themístocles Filho (MDB), afirma que a normalidade depende do Governo Federal. “A proposta de ICMS é a mesma do Governo Federal. O subsídio que o Governo Federal está dando de R$ 0,46. De onde ele vai retirar isso do orçamento eu ainda não sei, mas vai mexer com o orçamento federal. No Piauí,  compete ao Estado saber o que pode fazer.É uma decisão do Executivo. Para reduzir a nível nacional o principal problema é saber de onde vai se tirar para isso, onde vai recompor o preço subsidiado. Quem paga é o contribuinte. É preciso ter muita cautela. É preciso 60 dias para saber o que o governo vai fazer. Ele vai tratar abertamente com todos os empresários”, destacou.
 
Themístocles diz que a esperança é que a situação comece a voltar à normalidade a partir das 18 horas.  “O que acontece no Piauí está ocorrendo no país. Acreditamos que devido o entendimento que o presidente Michel Temer (MDB) tomou com os sindicatos é possível que até às 18 horas de hoje a situação possa voltar à normalidade. Os empresários solicitaram que os cidadãos que desejam trabalhar possam ter esse direito garantido, quem quer a greve que faça sua greve.Mas não pode evitar que os outros trabalhem. Nós trouxemos o Secretário de Segurança para debater com todos abertamente. O que podemos fazer estamos fazendo”, disse.
 
A coordenadora de gerenciamento de crise, coronel Júlia Beatriz, afirma que seria irresponsabilidade entrar em confronto com os manifestantes. “Estamos esperando o momento certo para retirar as pessoas. É muito fácil fazer uma avaliação de dentro de um gabinete. Convido quem está fazendo esse tipo de avaliação que venha conferir aqui de perto a situação. Estamos trabalhando para evitar confronto”, disse ao falar das críticas de omissão. 
 
 
Lídia Brito
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