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Parada Gay traz olhar sobre voto consciente e inclusão

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Foto: PauloPinto/FotosPúblicas

De olho nas eleições, a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, considerada a maior do mundo, pode ser um pouco menor neste domingo (3), se comparada há anos anteriores. A paralisação dos caminhoneiros afetou o plano de muitos turistas. Mas, segundo os organizadores, vazia a Parada não estará.

Até a quarta-feira (30) ainda era dúvida a própria chegada a São Paulo dos 18 tiros elétrios que conduzem o desfile e por onde devem passar Pablo Vittar, Preta Gil e April Carrión (do programa de TV RuPaul’s Drag Race), entre outras atrações. Veículos que saíram de outros estados acabaram presos nos bloqueios.

Mas deu tempo para deixar tudo pronto para este domingo, segundo a ONG que organiza o desfile. A Parada começa às 10h em frente ao vão livre do Masp e segue a partir das 12h pela avenida da Consolação. O último trio deve chegar às 18h à Consolação.

“Seria complicado se o movimento dos caminhoneiros durasse mais um pouco. Existe a possibilidade de ter menos gente do que no ano passado, mas, ainda assim, esperamos muita gente”, diz Nelson Matias Pereira, 51, do conselho de sócios fundadores da ONG Associação da Parada do Orgulho LGTB, que promove o evento na cidade de São Paulo.

A organização ainda teve que desmentir ao longo da semana falsos boatos nas redes sociais que indicavam o cancelamento da Parada. A administradora mineira Laura Fraga, 28, já havia desistido da viagem na terça-feira (29). “A empresa de ônibus nem estava vendendo passagem, só consegui de última hora”, diz ela, que vive em Itajubá. É a terceira vez que ela comparece à Parada.

Os hotéis registraram cancelamento e queda na ocupação dos quartos. Em 2017, havia 90% de ocupação nesta época, o que recuou para 50% neste ano, como informou a prefeitura no meio da semana. O curitibano Jair Caetano de Oliveira, 27, manteve a reserva do hotel confirmada duas semanas antes, mas também esperou até terça para comprar a passagem. Viajou de ônibus e chegou na manhã de quinta.

“Até segunda-feira pensei que não viria mais”, diz o servidor público. Esta é sua primeira experiência na Parada de São Paulo, depois de ter conhecido as celebrações de Lisboa, Zurique e Milão. “Sempre quis vir, mas sempre estive namorando. E pra Parada tem que estar solteiro”, brinca.
A organização estima que, no ano passado, 3 milhões de pessoas estiveram na Parada. Em 2012, quando a estimativa foi de 4 milhões de pessoas, pesquisa Datafolha aferiu a presença de cerca de 270 mil.

Segundo o instituto, 1,5 milhão de pessoas é a lotação máxima do trecho Paulista-Consolação, isso em um cálculo superestimado: com lotação de sete pessoas por metro quadrado, aperto semelhante ao enfrentando no metrô no horário de pico.

Pernambucano que vive em São Paulo há 11 anos, o chefe de cozinha Luis Ricardo Silva, 30, acredita que vai encontrar uma multidão na avenida Paulista, apesar dos reflexos do movimento dos transportadores. “Muita gente que desistiu de viajar ficou em São Paulo e vai na Parada”, diz.
O misto de celebração, festa e ato político sempre marcou a realização de paradas gays em todo mundo.  O evento de São Paulo chega à sua 22ª edição também com toda essa carga.

Fonte: FolhadeSãoPaulo

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