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Concurso do Senado é marcado pela falta de organização

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Candidatos que participaram do concurso público do Senado Federal, cujas provas ocorreram no último domingo, fazem duras críticas à organização da seleção e apontam uma extensa lista de irregularidades nos locais que receberam os exames. Em Brasília e nas outras sete capitais que receberam os participantes, acumulam-se queixas contra a Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora do processo seletivo.

O advogado Botelho Portugal teme que seus dois anos de dedicação ao concurso dos seus sonhos sejam prejudicados pela frouxidão da fiscalização. Segundo ele, "diversos participantes das salas estavam portando relógios digitais apesar do edital de abertura deixar claro que o objeto era proibido" nas dependências de provas na Universidade Paulista (Unip) em Brasília.

Outra irregularidade apontada por ele é que nos banheiros não havia detectores de metais, o que possibilitava que qualquer pessoa entrasse nos espaços reservados portando celulares ou outros aparelhos eletrônicos que pudessem ser usados para consulta. "É inimaginável que o concurso mais esperado do ano tenha falhas tão absurdas", indigna-se.

Também em Brasília, Tiago Almeida Negry conta que os fiscais não exigiram que os candidatos guardassem seus relógios e demais objetos proibidos pelo edital. O candidato reclama também da desorganização na entrada nas salas: "houve muitas filas e o atendimento foi muito lento, ficando conturbado no fim", relata.

Em outra sala de Brasília, Anna Maria Oliveira sofreu com o desencontro de informações entre os fiscais de provas. "No começo disseram a partir da última hora antes do fim prazo seria permitido levar o caderno de perguntas. Quando chegou a hora marcada, a fiscal disse que tinha ocorrido um problema e que as pessoas que quisessem levar a prova teriam de aguardar um pouco mais", conta. Anna Maria diz ter ouvido da fiscal de sua sala, depois de entregar a prova, que uma candidata havia sido flagrada no banheiro enquanto consultava folhas de papel com os conteúdos da prova.

No Rio de Janeiro, Lúcia Helena Bastos Alves revela que algumas salas tiveram inícios de testes em momentos distintos. "Conversando com amigos depois da prova, fiquei surpresa com a diferença nos procedimentos. Na minha sala, com o toque da sirene as provas começaram a ser distribuídas. Na de uma amiga, com o toque as pessoas já puderam partir para resolver as questões", narra.
 
A reportagem do CorreioWeb fez contato com o núcleo de organização de concursos da FGV para saber sobre as denúncias dos candidatos, mas até agora não obteve resposta.

Gabaritos divulgados
A Fundação Getúlio Vargas publicou nesta segunda-feira (10) o gabarito das provas. O concurso do Senado ofereceu 150 oportunidades - 90 de nível superior e 60 de nível médio. Os salários oferecidos variam de R$ 6.722,68 a R$ 13,8 mil. As provas serão aplicadas no dia 9 de novembro em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).

 


Fonte: Correioweb

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