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Moradores do bairro de Gabriel Jesus comemoram participação do jogador

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Lucas Figueiredo/CBF

CAMILA BOEHM
SÃO PAULO, SP (AGÊNCIA BRASIL)

Apesar do empate na estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo, o clima no Jardim Peri, bairro da zona norte paulistana onde o atacante Gabriel Jesus cresceu, era de vitória pela participação do jogador no Mundial.

“Há quatro anos, eu estava aqui assistindo ao jogo com ele. A sensação é que ainda há esperança, que o Peri é lembrado por uma coisa boa, não só nas estatísticas criminais. Você vê que ele vingou, é muito gratificante”, disse Joelson Faria de Oliveira, 26 anos, que jogou bola com Gabriel.

“Conheço o Gabriel Jesus desde pequeno, ele sempre jogou aqui com a gente. Quando ele tinha 5 anos, ele já ia para o campo com a gente. Jogávamos aqui na rua, tem vídeos nossos”, disse.

Sobre o jogo de estreia, Oliveira avaliou que foi uma partida “truncada” e que Gabriel não teve chance de gol. “Espero que durante a competição ele alcance [a chance de fazer gol]. A bola não chegou nele, mas se chegar ele coloca para dentro [do gol]. Foi um jogo truncado, a Suíça está no mesmo patamar que o Brasil”, comentou.

Primeiro treinador de Gabriel Jesus, Francisco de Assis da Silva, 52 anos, disse que o atacante é um orgulho para ele. “O meu orgulho é que ele não esqueceu a comunidade”, disse, lembrando que da última vez que o jogador visitou o bairro, em 20 de maio, a rua ficou lotada.

Durante a partida, Silva estava atento e apreensivo. “O coração está a mil por hora. O coração ainda vai aguentar [para ver Gabriel fazendo gol]. É como se eu estivesse lá na beira do campo, gritando 'vai, filho'. É como se fosse um filho meu”, destacou.

Neste ano, o filho do treinador, que jogou com Gabriel Jesus nos campos do bairro e pintou as ruas na última Copa, foi para a Rússia acompanhar de perto a atuação do camisa 9 da seleção.

“Como eles saíam cedo para o treino, dormia ele e meus filhos juntos aqui. Eu fazia uma massa, tipo um bolinho, para eles comerem. De manhãzinha, eles pegavam esse bolinho e saíam para o treino. Eu ia com eles de ônibus para o campo porque era perigoso. Saía cedo, 4h30 ou 5h, porque de lá eu já ia para o meu serviço”, lembrou Silva. “Ele na seleção, para mim, é um sonho. Eu fiz parte da vida dele.”

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