Lucas Figueiredo/CBF

A seleção brasileira não teve uma boa estréia na Copa do Mundo da Rússia. Não foi nenhum desastre, mas ficou bem abaixo do esperado. O empate de 1 x 1 com a Suiça deve ser encarado como a realidade do futebol. 

Acontece que parte expressiva da imprensa fica cantando vitória antes do jogo e passando aos torcedores a ideia de que o Brasil vai "arrasar, passar por cima, triturar, atropelar". 

É preciso reconhecer as virtudes dos adversários e não projetar o jogador brasileiro como estando acima de tudo e de todos. Nem sempre um time joga bem, o atleta joga tudo que sabe.  

E quantos jogos de Copa do Mundo já foram decididos em uma simples cobrança de escanteio ? O Brasil lembra da final com a França em 1998 e da eliminação na África do Sul para a Holanda. Deve lembrar.

A seleção brasileira é boa, tem bons jogadores, mas não  é esta maravilha capaz de "arrasar" todos os adversários. O caminho para vencer uma Copa do Mundo é cheio de obstáculos. Qualquer descuido pode ser fatal.

No empate com a Suiça nenhum jogador brasileiro teve atuação de alto nível. Todos ficaram no plano do razoável. Neymar era a maior esperança, mas o craque foi muíto individualista, prejudicando o seu desempenho e da própria seleção. 

É verdade que tivemos um ótimo começo de jogo, mas aos poucos o rendimento foi caindo e os suiços equilibraram a partida. Tite percebeu que precisava  mudar para tentar vencer e fez as substituições, porém sem êxito.

As reclamações contra a arbitragem do mexicano César Ramos, na minha opinião, são infundadas. No gol da Suiça falhou todo o sistema defensivo brasileiro. 

Oito jogadores ficaram olhando a trajetória da bola e nada fizeram. O leve empurrão em Miranda não justificaria a anulação do gol. O reclamado pênalti em Gabriel Jesus não existiu. 

O atacante brasileiro se jogou e o árbitro acertou ao não marcar. É melhor reconhecer a realidade do jogo e partir para o confronto com a Costa Rica com seriedade e muíta atenção para vencer.

Dídimo de Castro
[email protected]