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Servidores da saúde municipal anunciam greve a partir do dia 5 de julho

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O mês de julho deve iniciar com greve nos órgãos da saúde municipal em Teresina. A decisão foi tomada por trabalhadores em Assembleia Geral conjunta realizada nesta terça-feira (19) em frente à Fundação Municipal de Saúde (FMS). 

O movimento paredista terá início no dia 5 de julho e partiu da convocação de quatro sindicatos, entre eles o Sindicato dos(as) Servidores(as) Públicos(as) Municipais de Teresina (Sindserm). A greve tem como uma das principais reivindicações evitar a retirada do adicional de insalubridade da categoria, medida que deve afetar os trabalhadores a partir do próximo mês. O valor da redução nos contracheques varia de R$ 800 a R$ 1.600.

Assistentes sociais, farmacêuticos, psicólogos, profissionais de radiologia, administrativos, agentes de portaria, técnicos de patologia, dentre outros estão na lista que deve ser atingida pela retirada da insalubridade. A informação chegou à categoria por meio de um memorando emitido pela Diretoria de Recursos Humanos da FMS datado do dia 21 de maio.

“O memorando já inicia falando em questão de adequação financeira, uma justificativa totalmente sem sentido, onde o próprio documento se contradiz. Insalubridade e periculosidade são direitos condicionados ao local de trabalho onde o profissional exerce o seu trabalho, independente do cargo. Portanto, não deve ser objeto de adequação financeira, pois não é um privilégio ou incentivo e sim um direito trabalhista, que não pode ser retirado arbitrariamente”, afirmou Sinésio Soares, presidente do Sindserm.

No dia 11 de junho, o Sindserm protocolou um pedido de reunião para tratar do assunto com o presidente da FMS.

Além do Sindserm, o Sindicato dos Tecnólogos, Técnicos e Auxiliares de Radiologia (Sinttear), Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado do Piauí (Sindaspi) e Sindicato dos Farmacêuticos do Piauí (Sinfarpi) decidiram acionar a justiça, o Ministério Público e a Delegacia Regional do Trabalho.

“Retirar valores entre R$ 800 a R$ 1.600 do contracheque de um servidor é um absurdo, um ataque brutal. Os locais de trabalho sequer foram visitados para a realização de laudos. A insalubridade é um direito nosso”, comentou o presidente do Sinttear, Luciano Cunha. 

A greve iniciará com uma Assembleia Geral no dia 5 de julho, em frente à FMS, e deve atingir todos os locais de trabalho da saúde municipal. Até lá, a categoria programa novos atos e tentativas de negociação para reverter a decisão anunciada pela FMS.

 

Da Redação
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