Tainá Alves dos Santos, da 6ª série, já leu 230 livros em um ano
(Foto: Divulgação/Secretaria da Educação de SP) |
“Gosto de aventura, poesia, romance, suspense”, conta Tainá. Mas depois de duas centenas de livros ainda dá para lembrar de alguma história? Ela garante que sim: “Sempre fica na memória”, diz.
A adolescente estuda na escola estadual Jardim Imperial e a diretora da instituição, Veranice Aparecida More Zuri afirma que o colégio sempre teve a preocupação de estimular a leitura. Recentemente, adotou um projeto chamado de Centopéia, para estimular os estudantes a se tornarem leitores.
O funcionamento é bem simples: “A cada leitura, os estudantes fazem uma resenha e entregam para o professor. Na aula de educação artística, eles ganharam uma cartolina com a cabeça de uma centopéia. Depois de uma obra lida, o jovem acrescenta uma bolinha no corpo da centopéia”, explica.
A iniciativa parece ter dado resultado – tanto é que o corpo da centopéia de Tainá já dá várias voltas na cartolina. “Se estivesse esticada ela estaria enorme”, diz a menina, que se tornou celebridade no colégio. “Ela, de repente virou importante”, diz a diretora.
Ler tanto assim ajuda na escola? “Para a redação eu tenho muito mais idéia”, afirma a estudante. Até mesmo entre os colegas, diz a diretora, há uma competição saudável para ver o corpo da centopéia crescer.
O livro que mais gosta é o “Mano descobre o amor”, uma historinha sobre dois amigos que conversam pela internet. “A história fala de um amigo que ajuda o outro a sair das drogas”, aponta Tainá. “Ler é muito interessante, porque não parece que a gente está lendo, parece que está vivendo.”
Conheça a lista dos dez livros recomendados pela jovem:
- “Mano descobre o amor” – Heloisa Prieto e Gilberto Dimenstein
- “Pluft, o fantasminha” – Maria Clara Machado
- “O gato da xícara de chá” – Anna Flora
- “Marília Bela” – Ruth Rocha
- “História meio ao contrário" – Ana Maria Machado
- “Pedrinho e o Saci” – Monteiro Lobato
- “Histórias maravilhosas de Andersen” – Hans Christian Andersen (tradução Heloisa Jahn)
- “O menino que aprendeu a ver” – Ruth Rocha
- “A semente da verdade” – Patrícia Engel Secco
- “A formiguinha e a neve” – João de Barro
67 livros aos 6 anos
A menina Alice Vitória Rocha Silva, 6 anos, que já leu 67 livros
(Foto: Dayane Color/Arquivo Pessoal) |
“Desde o momento que nasceu, conto historinhas. E o primeiro brinquedo dela foi um livro, daqueles de plástico”, diz Isabel. “Na escola, ela é atração. A turminha não sabia ler com a desenvoltura que ela lê. Então, os amigos gostavam de observá-la”, conta. “Ela reconhece parágrafo e todas as estruturas.”
Além de leitora voraz, Alice Vitória, afirma a mãe, já arrisca os primeiros passos na literatura. “Um dia ela disse: ‘Mainha, quero escrever histórias como a Ruth Rocha’. Aí eu respondi que ela tinha de escrever. Depois ela voltou com uma historinha com começo, meio e fim”, diz.
Entre os trabalhos de Alice, estão histórias como “As aventuras da Mônica”, inspiradas na personagem de Maurício de Sousa; “O monstro invisível”, sobre o medo do escuro; “O monstro de chocolate”, sobre um homem que roubava crianças com doces; e “A bruxinha boazinha”, sobre uma bruxa criada por fadas, que ajuda crianças. Todos os contos, diz Isabel, são da jovem leitora.
Veja os livros preferidos de Alice Vitória:
- “O reizinho mandão” – Ruth Rocha
- “O menino que quase morreu afogado no lixo” – Ruth Rocha
- “O piquenique do Catapimba” – Ruth Rocha
- “Gente bem diferente” – Ana Maria Machado
- “Meu reino por um cavalo” – Ana Maria Machado
- “Azul e lindo planeta Terra, nossa casa” – Ruth Rocha
- “Cinderela” – irmãos Grimm
- “Alice no país das maravilhas” – Lewis Carroll
- “Mmmmmonstros!” – Ricardo Silvestrin
- “É proibido miar” – Pedro Bandeira
Fonte: G1