Atualizada às 9h17
O Terminal Parque Piauí, na zona Sul de Teresina, estava sem movimentação de ônibus por volta das 9 horas de hoje. Nenhum ônibus estava estacionado no local. Alguns passageiros aguardam a chegada dos veículos para seguirem viagem.
Grávida, a vendedora Glória Diniz é uma das que aguarda o transporte coletivo para chegar ao trabalho. “Eu entro às 10 horas e até agora nada de ônibus. Passou uma van, mas estava muito lotada. Geralmente, eu pego um ônibus por volta das 8h30”.
Outro que aguarda um ônibus passar é o Juan Carvalho, que entra no serviço às 9h30. “Se esse ônibus não passar não sei como vou fazer para chegar no horário”.
O Setut e Strans estão reunidos nesta quarta-feira(21) na sala do desembargador Manoel Edilson no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para oficializarem o acordo realizado na tarde de ontem. A reunião acontece a portas fechadas, há mais de uma hora.
A expectativa é que a Prefeitura repasse cerca de R$ 1 milhão ao Setut até as 10 horas e o este por sua vez repasse às contas dos trabalhadores até meio-dia o pagamento salarial. Os trabalhadores condicionam o retorno ao trabalho a esse pagamento, caso seja realizado, os ônibus retornam ao funcionamento normal.
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Teresina amanheceu sem ônibus nas ruas e com garagens lotadas nesta quinta-feira (21). Motoristas e cobradores paralisaram as atividades devido ao atraso na 2ª parcela do salário. A categoria afirma que só volta ao trabalho quando a situação for regularizada.
"Esse problema de atraso no salário vem há dois anos desde quando começou a integração. Prefeitura e Setut, em uma queda de braço, vêm prejudicando não só os trabalhadores, mas a própria qualidade do trabalho", explicou Fernando Feijão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários de Teresina (Sintetro).
Segundo ele, a prefeitura de Teresina ficou de repassar R$ 1 milhão aos empresários para que estes regularizassem o salário de motoristas e cobradores.
"Vamos aguardar que o dinheiro esteja na conta. O empresário diz que não confia na Prefeitura. Por que nós temos que confiar? A Prefeitura vem dificultando essa situação, o empresário diz que não tem dinheiro e a gente fica no meio dessa bola de neve e penalizando quem precisa do transporte", disse Feijão.
O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut) enviou uma nota sobre seu posicionamento em relação à paralisação dos rodoviários. O Setut explica que houve uma reunião na tarde de ontem e mesmo com a sinalização de pagamento não tinha como evitar o movimento. Os empresarios lamentam os transtornos e afirmam que a instabilidade é devido a uma dívida da Prefeitura de R$ 12 milhões somente de 2017, junto aos quatro consórcios.
Posicionamento SETUT
Mesmo após ter sido acertado em reunião ocorrida no Tribunal Regional Trabalho, na tarde desta quarta-feira dia 20, de que a Prefeitura Municipal de Teresina faria o repasse para as empresas prestadoras do serviço de transporte público, para que as mesmas pudessem realizar o pagamento do adiantamento salarial neste dia 21, dos motoristas e cobradores, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte (Sintetro) não conseguiu evitar que o sistema amanhecesse sem seu funcionamento normal.
Dessa forma, o Setut lamenta imensamente os transtornos ocasionados, mas informa à população teresinense que a ocorrência dessa instabilidade financeira se deve ao fato de a Prefeitura possuir uma dívida junto aos quatro consórcios que operam na cidade, no valor de mais de R$ 12 milhões, somente do ano de 2017.
Graciane Sousa, Carlienne Carpaso e Caroline Oliveira
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