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Crédito do BNDES tem queda de 19% nos primeiros cinco meses do ano

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As concessões de crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão em queda. Nos cinco primeiros meses deste ano, o banco desembolsou R$ 22,2 bilhões, 19,9% a menos do que no mesmo período de 2017. Além disso, o total de contratos assinados foi de 107.643, um recuo de 27,9%.

Companhias de grande porte tiveram redução de 35,9% no total de recursos liberados pelo BNDES, com o volume caindo de R$ 17,1 bilhões para R$ 11 bilhões no período analisado. No caso de microempresas, a queda foi ainda maior e chegou a 55,5%, de R$ 4,1 bilhões para R$ 1,8 bilhão. Por outro lado, os financiamentos para pequenas empresas cresceram 7,2% e totalizaram R$ 3 bilhões. No caso de companhias de porte médio, houve expansão de 77,5%, para R$ 6,2 bilhões.

O superintendente da Área de Planejamento Estratégico do BNDES, Maurício Neves, explicou que o processo para liberação de recursos passa por diversas etapas. Na fase de consulta, são apresentadas as demandas dos clientes. Depois, a área técnica do banco analisa a viabilidade dos projetos. Em seguida vem a aprovação ou negativa do financiamento e, por fim, o desembolso dos recursos.

No caso das consultas, o volume demandado pelos clientes aumentou de R$ 37,7, bilhões de janeiro a maio de 2017 para R$ 41,1 bilhões no mesmo período de 2018. Além disso, as aprovações subiram de R$ 24,3 bilhões para R$ 25,5 bilhões. “Isso significa que o volume de desembolsos no ano deve ser superior a que ocorreu em 2017”, observou Neves. Ele explicou, porém, que nem todas as consultas se transformam em desembolso efetivo.

O superintendente comentou, ainda, que, no início deste ano, com a introdução da Taxa de Longo Prazo (TLP), houve uma adaptação de sistemas. “Mas isso já foi superado. A questão é que muitos dos grandes projetos estão vinculados ao nível de atividade econômica e dependem de uma recuperação mais forte da produção. Mesmo assim, esperamos que os desembolsos de 2018 superem os de 2017”, disse. A previsão é de liberação de R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões. No ano passado, foram R$ 70 bilhões.

 

Fonte: Correio Braziliense

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