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Anistia quer acompanhamento externo no caso Marielle Franco

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Foto: Divulgação

Às vésperas de as mortes da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, completarem quatro meses, no próximo sábado, a Anistia Internacional marcou para esta quinta-feira um encontro com os pais da parlamentar. Juntos, eles vão reivindicar o acompanhamento externo das investigações sobre o crime, que ainda está sem solução. Para a entidade, o fato de o caso permanecer em aberto é grave e “demonstra ineficácia, incompetência e falta de vontade das instituições do Sistema de Justiça Criminal brasileiro em resolver o caso”.

— Como se sabe, o caso Marielle tem forte indício de envolvimento de agente público. É necessário um mecanismo de acompanhamento externo para que tudo fique claro. A Câmara dos Deputados criou uma comissão para fazer o monitoramento, mas ela não segue todos os itens de independência, porque está inserida num aparato estatal. Além disso, é necessário ter membros com especialização na área, como peritos — explica Renata Neder, Coordenadora de Pesquisa da Anistia Internacional Brasil.

Entidade cobra resposta

De acordo com Renata, países como Honduras e Nicarágua já adotaram acompanhamentos externos para monitorar investigação de crimes.

— Ha vários modelos que podem ser seguidos. Na Nicarágua, por exemplo, adotaram um sistema com peritos independentes, recomendado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que faz parte do Sistema Interamericano de Direitos Humanos, ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA) — diz a coordenadora da Anistia, acrescentando que o fato de a investigação estar correndo sob sigilo não impede o acompanhamento externo. — É óbvio que entendemos o sigilo, mas isso não pode significar o total silêncio das autoridades.

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