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Super Nanny fala dos bastidores do programa

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Depois de dois anos apresentando o Super Nanny, a educadora argentina Cris Poli ainda não se acostumou a desempenhar uma outra função colateral: a de consultora pessoal. Sempre que decide ir às compras é praticamente impossível fugir das perguntas de donas de casa que a reconhecem. "Quando aceitei participar, jamais imaginei que isso aconteceria. É gratificante, mas confesso que ainda fico tímida com certas situações", entrega.
 
Mãe de três e avó de quatro, Cris garante que uma das coisas que a deixa mais segura quando grava um episódio é a própria experiência pessoal. "Os conceitos que uso são os mesmos da minha época. De uma forma mais contemporânea, mas com os princípios de sempre", explica.
 
A maior parte dos episódios de Super Nanny aborda a desobediência dos filhos. Depois de dois anos, é difícil fugir do lugar-comum na hora de escolher que família será usada em um programa?
Na verdade, não tentamos fugir disso porque o foco acaba sendo esse mesmo. O importante é buscar casos em que os motivos que levam ao mau comportamento das crianças sejam diferentes. É preciso que se perceba que tudo que acontece dentro das casas que visitamos é fruto do comportamento dos pais. As reações dos filhos giram em torno da desobediência, mas o que eu procuro é consertar o que leva àquele comportamento nos pequenos. É nisso que a gente tenta variar.
 
É no momento do confronto que você expõe aos pais o que existe de errado na educação que é dada às crianças. Qual é sua maior dificuldade nesta etapa do episódio?
A equipe inteira sabe que eu fico muito tensa com esse momento. É a hora mais delicada de todo o processo e tento sempre me posicionar de uma forma que não seja dura. Mas é preciso que os pais enxerguem onde está o problema. Por isso é muito comum o choro deles nesse momento. E quando rola essa emoção, eu fico mais tranqüila e percebo que consegui tocar aquela pessoa. É um sinal de que as mudanças podem dar mesmo certo.
 
Você chega a ter contato com famílias que participaram de temporadas passadas?
Sim. Ficamos duas semanas dentro da casa das pessoas para gravar cada episódio. Criam-se alguns laços, é inevitável. Elas entram em contato, mandam e-mail, telefonam, enfim, sempre me mantém informada. Recentemente fui até convidada para ser madrinha de um casamento. Um casal que não era casado no papel e que, depois das transformações ocorridas na casa, se empolgou e decidiu oficializar a união. Isso é muito gratificante para mim.
 
Para participar do programa, as famílias precisam expor seus problemas na televisão. É difícil para alguns lidar com isso?
Para alguns sim. Mas no momento em que essas famílias se inscrevem no programa, elas estão aceitando essa exposição. No fundo eu acho que essas pessoas estão cansadas, que a situação chegou a tal ponto que o sacrifício compensa. E posso garantir que na maioria das vezes vale a pena mesmo. Recebo muitas mensagens de participantes que conseguiram melhorar a rotina da casa em vários aspectos.
 
Quando você foi convidada para apresentar o programa, chegou a pensar em desistir com medo que não desse certo e que isso prejudicasse sua imagem de educadora?
Confesso que nunca parei para pensar nisso. Logo que fui convidada para fazer um teste, tentei de todas as formas mostrar que eu poderia não ser boa. Sou argentina, meu português não é 100% e nunca tive experiência com tevê antes disso. Mas a emissora insistiu tanto e achei a proposta tão coerente que eu apostei sem refletir demais. Mas poderia ter prejudicado a minha imagem se não funcionasse.
 
Super Nanny é exibido no SBT, aos sábado, às 20h.
 
Fonte: Terra
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