O superintendente da Secretaria Estadual de Educação, José Barros apelou aos professores da rede básica de ensino que retornem as atividades para garantir a conclusão do período letivo de 2018. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte), afirma que há uma verdadeira corrida contra o tempo, e que o movimento paredista tende a continuar, comprometendo assim definitivamente o ano letivo de 200 dias de aulas, que pode ser anulado.
O superintendente explicou ainda que o Governo não tem autorização para conceder o reajuste exigido pela categoria por conta de impedimentos do período eleitoral, mas afirma que reajustará a inflação, que é de 2,95%. "Fazemos um apelo para que os professores voltem as atividades até porquê o que motivou a greve é o cumprimento do índice de reajuste de 6,81 % mas o governador está impedido de fazer o atendimento do pleito. Só é permitido que faça 2.95% que é o correspondente a inflação. Não tem mais como o governo ceder, devido a essa limitação e entendimento de ordem legal. Aguardamos portanto a decisão judicial e fazemos esse apelo aos nossos professores porquê ainda há tempo de garantir nosso período letivo", pontuou.
Os professores reivindicam o reajuste salarial de 6,81% aos docentes e 3,95% aos demais trabalhadores da educação. A greve começou em fevereiro deste ano e após um acordo com o Governo, as atividades letivas foram retomadas. Porém, segundo a categoria o acordo não foi cumprido e em junho os professores voltaram a paralisar.
"Os professores já não estão mais de greve. Já estão gozando as férias e nosso período letivo irá começar no dia 1º de agosto normalmente. Estamos fazendo esse chamamento para que os pais levem seus filhos para nossas escolas que estarão prontas, de portas abertas para recebê-los. E assim teremos condições de concluir o nosso ano letivo cumprindo a carga horária do nosso ano letivo, de 200 dias", explicou o superintendente.
José Barros acrescenta que segundo as gerências regionais, 50% das escolas do Estado irão concluir o período letivo dentro do planejado, e que caso haja novos atrasos, o restante das escolas se programará dentro de um calendário onde serão adequadas as reposições.
Botão do Pânico
O superintendente falou ainda a respeito da instalação do botão do pânico para evitar assaltos e violência nas escolas públicas estaduais. Segundo o secretário, a parceria entre a SEDUC e a SEJUS está firmada e um levantamento foi elaborado para detectar onde havia maior insegurança. "O sistema está sendo implantado para garantir mais seguranças as escolas e já tem uma previsão para o início, ainda sem data exata confirmada", concluiu.
Rayldo Pereira
[email protected]
