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6ª Cultura Negra Estaiada da Ponte mobiliza centenas de pessoas na Caminhada do Axé

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No último sábado (18), Teresina reuniu diversos grupos dos povos de matrizes africanas. Como forma de aproximar a população com a cultura negra e reivindicar os direitos, a 6ª Cultura Negra Estaiada na Ponte mobilizou centenas de pessoas na Caminhada do Axé, saindo do Parque Nova Potycabana em direção ao estacionamento da Ponte Estaiada. 

De acordo com Mãe Eufrazina de Iansã, o evento é uma luta pelos direitos da cultura negra. "Essa é uma luta que por anos a gente vem trabalhando, onde grupos se fortalecem. Aqui é uma forma de reivindicarmos nossos direitos, afinal somos cidadãos, pessoas do bem em busca do nosso espaço", afirmou. 

Ainda segundo Mãe Eufrazina, Teresina possui mais de 500 terreiros. A reunião dos terreiros, tem como objetivo promover a igualdade e inclusão social dos povos de matriz áfricas. 

Para o vice-prefeito da capital, Luiz Júnior, a luta por espaço e respeito é algo que merece atenção. "Estou aqui representando o prefeito Firmino Filho, que ao longo dos anos vem olhando a população de matriz africana e apoiando eventos e ações como essas. Nosso objetivo é a cada ano, vencer mais etapas, com mais projetos afim de que eles se sintam acolhidos e inseridos na sociedade", disse. 

Este ano, o evento contou com a presença do príncipe da Nigéria, Baba Edimula e com Erivaldo Oliveira da Silva, presidente da Fundação Cultural Palmares,  Senhor Ministro Juvenal Araújo Junior, Secretário Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.  

A 6ª Cultura Negra Estaiada na Ponte é uma realização da Prefeitura de Teresina, através da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves e Secretaria de Economia Solidária. 

Feira de Economia Solidária 

Desde a última quinta-feira (16), a Secretaria Municipal de Economia Solidária (Semest) montou uma feira no estacionamento da Ponte Estaiada com produtos voltados à cultura de matriz africana para ajudar na geração de renda dos grupos produtivos da capital. Neste sábado (18), após a Caminhada do Axé, os participantes do Cultura Negra Estaiada na Ponte puderam apreciar a exposição. Além das peças, a pasta também abriu espaço para que fossem vendidos lanches e alimentos característicos dessa cultura. 

"Essa 6ª edição do Cultura Negra está sendo diferente, pois antes a Semest organizava e executava o evento inteiro. Neste ano, focamos na feira de economia solidária, trazendo o pessoal dos povos de matriz africana, o que eles produzem, para que pudessem expor e vender para eles mesmos. Montamos uma estrutura maior, trouxemos mais expositores e tivemos tempo de trabalhar muitas mercadorias junto a eles, e isso tem feito a feira ser um sucesso", ressaltou Jurema Veras, gerente de Tecnologia e Equipamentos da Semest. 

Ao todo, foram colocados 18 espaços, 4 para alimentação e 14 para exposição e comercialização de trabalhos de economia solidária dentro da proposta do evento. A artesã Drika Maria foi uma das que aproveitou a oportunidade para mostrar o seu trabalho durante o evento. Ela desenvolve bonecas de tecido abordando a representatividade negra.

"Essa é uma oportunidade ótima. Esse evento valoriza o trabalho de empreendedores, pois nós podemos mostrar a nossa criatividade dentro da nossa cultura negra. Além das vendas aqui eu faço contatos, pego encomendas e sou incentivada com elogios. Essa é a segunda vez que participo e espero voltar mais vezes", destacou. 

Da Redação
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