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"Efeito Gy" cresce vendas de cajuína em até 100%

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Fotos: Fábio Lima/Cidadeverde.com
Oficina lotada na Feira do Empreendedor para fabricação de cajuína
 
A bebida típica do Piauí nunca foi tão procurada, dentro e fora do Estado. A Cajuína, o suco clarificado de caju, de fabricação secular, adoça a boca e mata a sede de muita gente, que só descobriu as qualidades da bebida dourada depois da propagação de seu nome na TV. Pelo menos no que acreditam os empresários do setor, após a aparição da modelo Gyselle Soares em programa de rede nacional, as vendas não param de subir.
 
De acordo com Geórgia Pádua, gestora do projeto de Cajucultura do Sebrae Piauí, empresas de pequeno porte tiveram crescimento de 30% nas vendas em 2008. As de maior porte, variam entre 50 e até 100%. E se a procura pelo produto aumenta tanto, a busca por informações de quem quer entrar no mercado cresce em proporção semelhante. As salas da oficina na Feira do Empreendedor mal cabiam os que procuraram aprender técnicas para fabricar a bebida.
 
 
"No Sebrae, todos os dias temos pessoas procurando informações, e essa busca cresceu sensivelmente depois da aparição da Gyselle", disse Geórgia, sobre a modelo que foi apelidada no programa Big Brother Brasil com o nome Cajuína.
 
A modelo foi inclusive personagem de uma reportagem exibida nacionalmente no sítio Paraíso, região da Usina Santana, zona rural sudeste de Teresina. É lá onde seu Evandro Paixão fabrica a cajuína Paraíso há cinco anos. "Nossas vendas cresceram 30% depois do programa de televisão. Houve um ganho de imagem muito grande", afirmou o micro-empresário, que já recebe encomendas de Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.
 
Evandro comemora o avanço na procura pelo produto
 
"É um mercado realmente fantástico", acrescenta Evandro, que sabe bem: Gyselle só fez subir mais rápido um elevador que não consegue descer mesmo em tempos de crise. Antes da modelo, já se faziam necessárias mudanças. Máquinas foram inventadas, como o equipamento para engarrafar a bebida hoje fabricada sem cola, substituída por gelatina, ou álcool, como antigamente. Novos tamanhos de garrafas também foram criados para adequar o produto ao mercado.
 
O que os empresários ainda reclamam é da falta de incentivos. "Ainda temos muitas dificuldades para financiamento e alavancar a nossa produção. Temos que montar uma micro-empresa e passar o ano inteiro trabalhando e pagando imposto para lucrar só dois meses. É preciso se criar mais mecanismos para investir na produção", concluiu Evandro, que apresenta seus produtos e equipamentos em um estande na Feira do Empreendedor.
 
 
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