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Ciro Gomes batiza de Nome Limpo proposta de quitação de débitos no SPC

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Foto: Gabriela Gonçalves/G1 

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou neste domingo (26), em São Paulo, que seu projeto de quitar débitos de consumidores no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) vai se chamar Nome Limpo. O presidenciável fez campanha nesta manhã em uma feira popular de Itaquera, na zona leste de São Paulo.
Uma das principais propostas do pedetista é a quitação de débitos dos consumidores que estão com o nome sujo no Serviço de Proteção ao Crédito. Nas contas de Ciro, há atualmente cerca de 63 milhões de pessoas com restrição de crédito no SPC, correspondente a 30% da população brasileira.

Na avaliação do candidato do PDT, o Brasil está perdendo renda em razão da informalidade provocada pelo desemprego. "Não se trata de dar dinheiro, trata-se de refinanciar depois de um grande desconto ajudado pelo governo federal. O projeto está pronto e se chama Nome Limpo. O brasileiro pode contar com isso: eu vou limpar o nome do brasileiro do SPC", prometeu o pedetista durante visita à feira popular. 

Ciro voltou a alfinetar neste domingo as pessoas que têm criticado e chamado de populista sua proposta de quitação dos débitos. Mais uma vez, ele disse que só fica contra esse projeto "quem tem horror a povo". "Tudo que é para pobre no Brasil, botam defeito. O Brasil dispensou mais de R$ 300 bilhões de rico naquilo que se chama Refis, que é basicamente refinanciamento das dívidas dos contribuintes empresariais com o governo", ponderou. 

"O cidadão isolado já consegue 80% de desconto [em cima da dívida], mas morre porque tem que pagar os 20% restantes à vista. Eu vou colocar o prestígio e a força do governo para fazer uma grande negociação de atacado com o crediarista", complementou.

Ciro Gomes chegou à feira popular paulistana por volta as 10h30 e saiu a caminhar entre as barracas de comerciantes. Acompanhado pela imprensa, o presidenciável tomou um suco de cana, mas disse que não comeria pastel porque, segundo ele, isso é "coisa de demagogo”. "Eu só como pastel fora de campanha, que eu adoro", enfatizou.

'Nem a pau, Juvenal'

Em meio à visita à feira, Ciro Gomes foi questionado por repórteres sobre se, caso ele vencesse a eleição presidencial, aceitaria um eventual apoio do MDB, partido do presidente Michel Temer. Ao responder, o pedetista foi enfático: "Nem a pau, Juvenal. Meu governo vai botar para correr ladrão, bandido e vai correr até a porta da cadeia."


Sem citar nomes, o presidenciável do PDT criticou adversários que têm feito promessas de campanha que, na visão de Ciro, são "enganação". "Político, em véspera de eleição, é o bicho mais parecido com papai noel que existe. A gente só vai se proteger da enganação se a gente botar o pezinho atrás, olhar quem é o cidadão, olhar o que ele andou fazendo quando teve oportunidade, se o que ele fala ele já fez, se ele é sério, se ele é ficha limpa. [...] Eu aposto na inteligência do povo", declarou.


"É só perguntar com quem está a turma do Temer. Vai todo mundo ver que a turma do Temer está entre o [Henrique] Meirelles e o [Geraldo] Alckmin. Se você é a favor das ideias do Temer, das propostas do Temer, você vota na turma do Temer. Mas se você é contra, você procura quem é contra", acrescentou.

Bancos
Em sua fala, Ciro voltou a criticar o setor bancário e prometeu acabar com o cartel dos bancos. “Eu vou quebrar o cartel dos bancos, mas quebrar pesadamente a partir do primeiro dia”, disse. Ciro tem usado seus discursos para criticar o setor, que segundo ele tem pouca concorrência no Brasil.

“Para reduzir as taxas de juros e acabar com essa imoralidade que está destruindo a economia brasileira e humilhando e família brasileira, nós temos que agravar a competição. Agravar a competição significa imediatamente tirar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, bancos que pertencem ao povo brasileiro, para, ao invés deles ficarem no jantar se combinando, vir para a rua e lutar e disputar o cliente com a taxa de juros menor e com produtos de menor custo de tarifa”.


O candidato também falou em regulamentar as chamadas fintec, que funcionam como financeiras e bancos digitais. Segundo ele, esse tipo de serviço tem potencial para aumentar a competição no setor.

Fonte: G1

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