Os políticos presos acusados no envolvimento do roubo de cargas no sertão nordestino vão continuar detidos. A Comissão Investigadora do Crime Organizado no Piauí recebeu informações de que tanto Osmar Sousa Filho, secretário de Finanças e filho do atual prefeito de Fronteiras, e José Arlindo da Silva Filho, prefeito eleito de Curimatá e conhecido como Zezinho ou "Gordo do Tomate", vão continuar atrás das grades, pelo menos nos próximos dias.

 

 

Osmar teve decretada prisão temporária de cinco dias para tomada de depoimentos e investigações. Ele foi preso na manhã da última terça-feira em Teresina, e seria posto em liberdade neste sábado. No entanto, o delegado Rezende, do município de Luiz Eduardo Magalhães/BA, informou que a prisão do acusado foi prorrogada por mais cinco dias. Na tarde desta sexta-feira (21), ele presta depoimento na presença do Ministério Público, e volta para Barreiras/BA, onde está preso.

 

Já o caso de Zezinho, eleito prefeito no último outubro, é diferente. Ele tem quatro mandados de prisão em Pernambuco, e seus advogados conseguiram o relaxamento da prisão preventiva de três deles. No último caso, o juiz de direito Cláudio Américo de Miranda Júnior, da 1ª Vara da Comarca de Escada, indeferiu o pedido e manteve o político preso.

 

No Piauí
A Cico continua seu trabalho após os cumprimentos dos mandados de outros estados no Piauí. O delegado Bonfim Filho encaminhou ontem para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado, Norberto Campelo, narrando o fato de Zezinho ter sido achado escondido em um sítio de propriedade do advogado Haroldo Vasconcelos, que chegou a ser preso no ano passado por suposta ajuda em uma tentativa de fuga na Casa de Custódia.

 

Além de aguardar providências da OAB, a Cico vai encaminhar relatório ao Ministério Público Eleitoral sobre a lista com números de títulos eleitorais encontradas na casa de Osmar. A Justiça Eleitoral deverá investigar se houve fraude nas eleições em Oeiras.