O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) ficou no centro de discussões nacionais após o episódio envolvendo o candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, que foi esfaqueado em um ato político na semana passada. O suspeito foi filiado ao partido por sete anos. Sobre a polêmica, a candidata ao Governo do Piauí, Sueli Rodrigues, reforça que a campanha do PSOL não é de violência e, inclusive, traz como slogan: "o amor vencerá o ódio".
"Nossa campanha não é de violência. Não temos em nosso plano de governo nada para reforçar a violência. Pelo contrário, nossa campanha tem o slogan: o amor vencerá o ódio. A gente usa esse slogan em muitos momentos, principalmente, no apoio a população LGBTI. Consideramos que nossa campanha é uma ciranda de afeto, sem medo de mudar o Piauí", disse a candidata.
"Vamos continuar celebrando uma cultura de paz. Esse deve ser o caminho que a gente deve trilhar para ter uma sociedade melhor e não o enrijecimento de práticas violentas", completou.
Em entrevista ao Notícia da Manhã, Sueli Rodrigues disse que sua campanha é uma expressão das lutas sociais e que apenas três candidatos ao Governo do Piauí defendem as mesmas causas.
"Seria muito importante que a gente, pelo menos, conseguisse chegar aos eleitores para eles compreenderem que esse cenário que parece embolado com 10 candidatos, não é tão embolado. Ele tá bem dividido: tem sete candidatos que dizem explicitamente que apoiam o agronegócio, que vão continuar apoiar os grandes empresários e têm três candidaturas que se agregam as lutas sociais em defesa da classe trabalhadora", disse a candidata se referindo PSOL, PSTU e PCO.
A candidata destacou três eixos estruturantes em seu plano de governo: a desigualdade social, a valorização da democracia participativa e o compromisso com a classe trabalhadora.
"Nosso primeiro eixo é a luta pela superação das desigualdades e também o enfrentamento as opressões considerando que a gente vive o tempo de muito ataque e intolerância. Afirmamos as diferenças e colocamos como eixo principal o enfrentamento as desigualdades sociais considerando que aí está a raiz de todos os problemas sociais que a gente vive", disse Rodrigues.
A candidata também contestou políticas de privatizações sob o comando público e citou o caso da Eletrobras e a Agespisa.
"Esses dois serviços são muito importantes [...] vamos tentar rever isso. Temos participado das manifestações do sindicato de servidores da Cepisa compreendendo que essa luta é do povo piauiense. O Psol e o PCB abraçam essa luta no sentido de recuperar esses patrimônios para o povo piauiense".
Graciane Sousa
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