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Haddad nega ter copiado proposta de Ciro e defende plataforma comum

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Foto: Fábio Vieira/Fotorua/Estadão Conteúdo

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, negou neste domingo (16) ter se inspirado em proposta que consta do programa de governo de Ciro Gomes, candidato do PDT a presidente, e disse que é preciso “construir uma plataforma comum” para o segundo turno.

Ao ser oficializado como candidato a presidente na chapa do PT, Haddad apresentou um programa de governo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no qual promete criar o "programa Dívida Zero" para consumidores que estão com o nome sujo no SPC/Serasa.

A proposta não existia nesses termos no programa de governo apresentado quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o candidato do partido e guarda semelhança com o "Nome Limpo", uma das principais promessas de Ciro Gomes, que também disputa votos da esquerda.

Indagado se havia se inspirado no programa de Ciro, Haddad respondeu que procurou fazer um "apanhado de todas as boas propostas no país". “Não [me inspirei] em relação ao programa dele, mas nós procuramos fazer um apanhado de todas as boas propostas no país, inclusive no governo do estado, para que nós pudéssemos fazer o programa mais amplo possível. E nós temos certeza que o Ciro, aliás ele já declarou, nos daria apoio no segundo turno, caso nós fôssemos para o segundo turno. Então, nós temos que construir uma plataforma comum", afirmou Haddad.

Na avaliação dele, o programa petista deverá ter apoio da “ampla maioria depois das eleições”. O candidato do PT defendeu ainda que, definido o primeiro turno, haja uma união das pessoas no país.

"É o que país espera: que nós tiremos o país dessa crise, viremos a página desse descaso com o povo brasileiro. O povo está precisando de solução. A vida do povo está sofrida. Nós precisamos nos unir em torno de soluções pro país", disse.
Lula
Indagado se, caso eleito, pretende conceder indulto ao ex-presidente Lula, que está preso em Curitiba desde abril, Haddad respondeu que os “vícios do processo chamaram a atenção”.

"O presidente Lula, na ocasião do registro da sua candidatura, pediu que seu processo fosse julgado com imparcialidade, como recomendou a ONU [Organização das Nações Unidas]. A ONU está pedindo julgamento justo para o Lula. Se a ONU está pedindo deve ter alguma razão. Os vícios do processo chamaram a atenção de vários chefes de estado do mundo inteiro”, respondeu.

Haddad se referia à manifestação do Comitê de Direitos Humanos da ONU em agosto para que o Brasil garantisse os direitos políticos de Lula na prisão e não o impedisse de concorrer na eleição de outubro até que fossem completados todos os recursos de sua condenação. A solicitação do comitê aconteceu a partir de pedido da defesa de Lula, apresentado no fim de julho deste ano.

Fonte: G1

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