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Polícia recupera 200 Iphones com quadrilha que criou até site fake da Apple

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A quadrilha presa  nesta terça-feira (26) - com investigação que partiu do Piauí - chegou a criar uma página fake (falsa) da multinacional Apple para desbloquear aparelhos celulares. A informação foi confirmada, durante coletiva, pelo diretor do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil, Carlos César Camelo. A Polícia Civil confirmou também que um empresário, dono de um box do Shopping da Cidade, foi apontado como membro da organização criminosa especializada no desbloqueio de iPhones furtados ou roubados em Teresina. 

Foram nove mandados de prisões e 18 de buscas e apreensões. A quadrilha criou uma página fake do site da Apple e conseguia adquirir senhas e login. A investigação partiu do estado  - após roubo de um celular de um juiz - e descobriu o golpe no País. Houve quebra do sigilo telemático (dados de comunicação e telefônico) dos suspeitos. 

A quadrilha tem ramificações em Brasília e São Paulo, onde foram presos oito suspeitos. 

Veja hierarquia do crime

De acordo com diretor do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil, Carlos César Camelo, o suspeito chama-se Mateus e é considerado foragido. As investigações apontam que ele mantinha contato direto com criminosos de Brasília que se relacionavam com hackers de Ribeirão Preso, em São Paulo, responsáveis pelo site falso. 

No box de Mateus, no Shopping da Cidade, foram encontrados cerca de 30 iPhones que seriam revendidos por um preço abaixo do mercado. O valor, contudo não foi revelado pela polícia. Na casa dele, as equipes encontraram mais aparelhos celulares, provavelmente por produtos de furtos ou roubos. 

“Acreditamos que ele desconfiou da operação, pois ao chegarmos lá, conseguiu escapar, mas deixou cair uma mochila com vários iPhones. Na casa dele também encontramos mais aparelhos, aproximadamente 200 aparelhos”, disse o delegado geral Riedel Batista. 

Como ocorre o crime:

O bando rouba veículo e aparelho celular. Em seguida aborda a vítima se passando por equipe da Apple. Eles encaminham um site - que é falso e idêntico ao da multinacional - e a pessoa que foi roubada acredita e passa os dados - login e senha.  Com as informações eles desbloqueiam o aparelho e vende a preços baixos em todo o País.

A operação teve início após o furto do iPhone de um juiz de Direito na zona Leste de Teresina. “Chegamos a um grupo criminoso em Brasília que oferecia online, até pelo Facebook, o serviço de desbloqueio de iPhone. Eles mantinham contato com hackers em Ribeirão Preto em São Paulo e isso era repassado a receptadores em todo país. Em Teresina, a conexão dele era com Mateus”, garante Carlos César Camelo. 

O delegado explica que os receptadores recebiam os iPhones, produtos de crimes e os “zeravam” para que não fossem rastreados. “O iPhone é um dos celulares mais seguros, então, eles roubavam os aparelhos e mandavam uma mensagem de texto para o conta da vítima da Apple e a direcionava para um site falso, daí pediam para a vítima colocar o login e a senha, o site falso capturava tudo e os hackers cancelavam a conta, o que impediam o rastreamento”, explica Camelo.

Em Alegrete do Piauí, um suspeito de receptar um iPhone também foi preso na operação. Ele foi identificado como Luís Wilker de Macedo.

 

Matéria original

Uma quadrilha de atuação nacional faz vítimas no Piauí desbloqueando aparelho Iphone, um dos mais seguros sistema de comunicação.

A operação Rubro - que acontece em parceria com a Midas - cumpre 27 mandados, sendo 18 de buscas e apreensões e 9 prisões contra os golpistas. 

Segundo o delegado Humberto Mácola as prisões estão sendo cumpridas em Ribeirão Preto (SP), Brasília, Alegrete e Teresina. 

Mácola informou ao Cidadeverde.com que já foram cumpridos oito prisões. 

"No Piauí já são mais de 10 vítimas que foram lesados e há investigação também no Maranhão".

Como atuam

A quadrilha usa páginas falsas na internet e aborda as vítimas sem autorização. Por meio da rede social - WhatsApp, Facebook, MSM - eles atraem os proprietários de Iphone para as páginas falsas e conseguem roubar senhas e login.

"Eles usam uma engenharia social que ludibriam as pessoas conseguem roubar senha e login e vão até o iCloud das vítimas".  

A operação está em andamento e o delegado informou que após as prisões dará mais detalhes da ação.

Hoje acontece também a operação Midas deflagrada pela Delegacia Geral para cumprir mandados contra crimes ao patrimônio, roubo, furto, latrocínio. Serão dois dias de operação com a participação de 12 delegados.

 


Flash Yala Sena e Graciane Sousa

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