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Comandante da PM em Picos será ouvido nesta quarta-feira

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Coronel Prado enviou reforços para a audiência
 
Os policiais acusados de agredirem presos no município de Picos serão ouvidos pela Justiça em audiência nesta quarta-feira (26). Os dois PMs e o comandante do 4º Batalhão, major Wagner Torres, foram indiciados por crime de lesão corporal de natureza grave, e não tortura como chegou a ser denunciado inicialmente. O caso aconteceu no dia 1º de outubro.
 
 
Nesta terça-feira (25), o comandante geral da PM, coronel Francisco Prado, comentou o caso. Ele informou que já destacou um grupamento com cinco homens para cuidar da segurança durante o interrogatório de amanhã. Prado confirmou que o inquérito presidido pelo tenente-coronel Lindomar constatou lesão corporal de natureza grave, já que foi constatada a prisão em flagrante dos bandidos com pertences obtidos nos arrombamentos.
 
 
"Os elementos já haviam sido presos com os objetos no ato em flagrante, e como eles conduziram os presos, eles maltrataram os presos na sua custódia", disse o coronel, esclarecendo que o afastamento de Wagner Torres e dos PMs cabe ao governador Wellington Dias, que já se pronunciou favorável às investigações antes de qualquer decisão. O inquérito também foi enviado para a auditoria militar.
 
Indagado por um telespectador, Prado explicou que casos de tortura envolvem não só agressões físicas, mas também psicológicas. "Eu não estou de serviço, não sou militar, dou um murro no olho do cara, eu pratiquei uma lesão corporal. Se eu sou um PM, levo o cidadão para dentro do quartel, e lá meto a borracha pra cima: "Você vai me dizer porque você fez esse roubo, foi você quem roubou", e largo o cacete nele. Ou então, psicologicamente eu boto o revólver no ouvido: "Ou tu conta, ou eu te mato", isso é tortura", concluiu o comandante da PM.
 
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