"Mais perigoso que o HIV é comemorar por antecipação os avanços realizados", advertiu a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, em comunicado publicado por ocasião do Dia Mundial da Luta contra a Aids, que ocorre em 1º de dezembro.
"Se as taxas de infecção tendem a se estabilizar em algumas partes da África Subsaariana, elas continuam aumentando em outras regiões onde muitas pessoas não têm consciência do perigo, principalmente no leste da Europa e em várias regiões da Ásia", afirmou o representante especial da Federação para a Aids, Mukesh Kapila.
Segundo um estudo recente das autoridades russas, um total de 417.208 russos contraíram a doença este ano, que não pára de avançar no território. A Federação da Cruz Vermelha ressaltou, além disso, que a discriminação contra as pessoas afetadas continua forte em algumas partes do mundo.
"A persistência da discriminação das pessoas que vivem com o HIV é inaceitável para toda a comunidade que enfrenta este desafio", destacou o diretor do programa mundial da Federação Internacional sobre o HIV em Genebra, Bernard Gardiner.
A ação da Federação, que visa as pessoas mais vulneráveis, esteve relacionada a 32 milhões de doentes na África entre janeiro de 2005 e junho de 2008.
O Programa da ONU contra a Aids (Onuaids) informou que não publicaria excepcionalmente um relatório anual por ocasião do Dia Mundial, por razões de mudança na metodologia, mas a OMS (Organização Mundial da Saúde) indicou, recentemente, que previa para 2008 um forte aumento das mortes. Segundo a OMS, 2,2 milhões de pessoas devem morrer em decorrência da Aids em 2008.
Fonte: Folha Online