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Plasma é nova tecnologia para rejuvenescimento e tratamentos de pele

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Foto: Reprodução Internet

O Brasil é considerado o terceiro maior mercado de beleza do mundo, ficando atrás somente dos EUA e Japão, segundo dados da Abihpec - Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos. O crescimento do setor nos últimos anos foi bem maior do que de outros setores, registrando 9,8% de aumento médio, contra 3% do PIB total e 2,2% da indústria geral.

Esses números tão expressivos mostram como a busca por procedimentos que disfarcem as marcas de envelhecimento tem aumentado. Com o avançar da idade, o organismo vai sofrendo mudanças físicas e biológicas e, com isso, surgem marcas na pele. É quando aparecem rugas, linhas de expressão, manchas, perda do viço e elasticidade da pele, dentre outros sinais.

Além desse desgaste natural, outros fatores externos também contribuem para o envelhecimento e levam a um processo chamado estresse oxidativo, que acelera a velocidade em que a pele envelhece. Esse processo se dá pelo excesso de radicais livres no organismo.

Os radicais livres são produzidos pelos processos metabólicos e consistem em um elétron desemparelhado em uma camada externa, que possuem capacidade de danificar as estruturas celulares. Em um organismo saudável, essas moléculas são absorvidas e neutralizadas pelos antioxidantes. Porém, com o passar do tempo, essa capacidade do organismo em neutralizar esses radicais livres diminui e há um acúmulo deles, que causa um enfraquecimento do sistema imunológico e contribui para o envelhecimento.

Para amenizar os sinais que acompanham o envelhecimento, existem várias tecnologias que ajudam a deixar a pele mais bonita, mais viçosa, mais firme e sem manchas. Uma recente no Brasil, mas que já é utilizada com sucesso em várias partes do mundo, é o Plasma

O Plasma é o 4º estado da matéria, que vai além do estado gasoso. Para que ele seja formado, é necessário fornecer energia por corrente elétrica, para que haja uma separação dos elétrons e dos átomos, formando uma gás ionizado altamente energético. O Plasma é utilizado em várias áreas, mas seu uso ainda é recente na estética, servindo para várias finalidades e com diversas propostas terapêuticas.

As membranas celulares da pele possuem canais que são necessários para passagem de água e de elementos nutricionais. Elas tem ainda um potencial energético, com carga negativa em seu interior e carga positiva no exterior, que em um organismo saudável, são distribuídas de forma equilibrada. Mas, com o envelhecimento, há um fechamento desses canais, o que resulta em uma distribuição desigual desse potencial energético, influenciando no funcionamento da bomba de sódio e potássio e facilitando para que radicais livres fiquem circulando no organismo.

Ao se utilizar o plasma na pele, esses canais são reabertos, induzindo a alteração da posição dos seus íons e reequilibrando o potencial elétrico, além de diminuir também a quantidade de radicais livres e regularizar a bomba de sódio e potássio. Assim, há um aumento da capacidade de hidratação, na produção de colágeno e de novas fibras elásticas, atenuando linhas de expressão e rugas e melhorando a pele danificada.

Há no mercado estético equipamentos que utilizam o plasma para rejuvenescimento. Alguns deles, conhecidos como Jato de Plasma, podem ser considerados como eletrocauterizadores portáteis, uma vez que sua carbonização é feita por corrente elétrica contínua. Essa carbonização, por ser mais agressiva, causa uma retração maior, mas com um tempo maior de recuperação, e mais chances de manchar, contaminar e causar cicatrizes.

Para fechar o circuito, esses aparelhos usam uma placa de aterramento. Com isso, a profundidade da ação é maior, podendo ultrapassar a lâmina basal e danificar outras estruturas celulares. Nesses equipamentos, caso o aplicador seja utilizado em contato com a pele, o mesmo não produzirá plasma. Assim, boa parte dos benefícios do plasma são perdidos, não fazendo, inclusive, a regularização energética.

Há ainda equipamentos que utilizam o plasma médico, ou plasma puro. Essa tecnologia, desenvolvida na Itália, está no mercado europeu há cerca de 10 anos e veio para o Brasil com a proposta terapêutica de oferecer excelentes resultados, com uma recuperação mais rápida do que os tratamentos com laser. Para isso, esses equipamentos sublimam a área a ser tratada, entregando os íons de forma menos agressiva para que a recuperação seja mais rápida. A ação desses equipamentos no organismo regulariza a bomba de sódio e potássio, equilibra o potencial da membrana e combate os radicais livres

Dependendo do objetivo do tratamento, esses aparelhos possuem programação que consegue ter uma ação mais agressiva, carbonizando o tecido para que haja uma retração maior, mas, ainda assim, com uma recuperação mais rápida. Essa ação do plasma na pele atinge somente o estrato córneo, sem ultrapassar a lâmina basal, não danificando as camadas inferiores e demais estruturas.

O Plasma BT, lançado recentemente no Brasil, é um desses equipamentos que trabalha com o plasma médico. Possui duas tecnologias: Plasma Raytrace®, que trabalha de forma ablativa, regularizando as membranas celulares e acelerando seu processo de renovação, conhecido como efeito de elevador.

A tecnologia Shower® também está presente no equipamento e tem como objetivo entregar os íons de maneira não ablativa, para regularização da polaridade da membrana, aumento da capacidade de hidratação da pele e melhora da capacidade de renovação celular.

Quanto às características do aparelho, o Plasma BT possui um diferencial: ter a barreira dielétrica (que serve para absorver parte da carga da corrente elétrica) no próprio equipamento e não necessitar de placa de aterramento para fechar o circuito. Há também maior conveniência e precisão através dos modos Shot, Pulso e Contínuo, que permitem 45 modos de controle para cada aplicador.

Enfim, o uso do plasma na estética tem vários benefícios, desde que seja utilizado por profissionais especializados e com equipamentos adequados. A indicação do melhor tratamento e do equipamento mais adequado deve ser feita baseada nos objetivos do tratamento e de acordo com a proposta terapêutica que melhor se encaixe nas indicações do profissional.


Fonte: Estadão Conteúdo 

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